O GENIUS Act passou fácil no Senado, mas pode travar na Câmara dos Representantes dos EUA. Parlamentares querem unir o projeto a outra proposta sobre criptomoedas, o que pode atrasar tudo.
O projeto de lei que cria regras para stablecoins foi aprovado no Senado com 68 votos a favor e 30 contra. Mas antes de chegar à mesa do presidente local, o texto precisa ser votado pela Câmara — e aí surgiram as primeiras resistências.
⚖️ Câmara quer combo com lei de estrutura de mercado
Assim que o texto chegou à Câmara, parlamentares ligados ao Partido Republicano começaram a pressionar por uma fusão com outro projeto: o CLARITY Act.
Essa segunda proposta trata da estrutura regulatória completa para o mercado cripto e já passou por ajustes na própria Câmara. O plano é aproveitar o embalo do GENIUS Act para aprovar os dois pacotes de uma vez.
Mas se houver alterações no texto, o projeto terá de voltar ao Senado para nova análise, o que empurra a aprovação final para um futuro indefinido.
🗣️ Trump quer urgência e sem emendas
Após a vitória no Senado, Donald Trump pediu que a Câmara aprove o projeto sem alterações.
Segundo ele, o GENIUS Act é uma prioridade e deve seguir direto para sanção presidencial “o quanto antes”.
Já o líder republicano Tom Emmer, que também atua como articulador na Câmara, argumenta que não faz sentido votar uma lei de stablecoins sem tratar da regulação completa da indústria blockchain.
“A estrutura de mercado é essencial para qualquer ação do Congresso sobre ativos digitais”, disse Emmer.
Claro! Aqui está a nova versão do trecho, com explicações diretas e comparativas entre os dois projetos, sem generalizações:
🧩 GENIUS vs CLARITY: o que cada projeto propõe, na prática
O GENIUS Act foca exclusivamente em stablecoins. Ele define quem pode emitir, quais exigências precisam ser cumpridas (como garantias de lastro e auditoria), e coloca o tema sob supervisão clara do Federal Reserve e do Tesouro.
Essa é uma proposta mais restrita e pragmática, pensada para dar respaldo legal ao uso de tokens estáveis no sistema financeiro dos EUA, com foco em pagamentos e transferências digitais.
Já o CLARITY Act tem uma ambição maior. Ele tenta criar um marco regulatório completo para o mercado de criptomoedas, com definições sobre o que é um token, como deve funcionar a supervisão de exchanges, quais ativos devem ser tratados como valores mobiliários e quais não, e qual o papel da SEC e da CFTC em tudo isso. É um texto mais complexo, com repercussões que vão do DeFi às ofertas públicas de tokens.
Ou seja, enquanto o GENIUS Act é mais técnico e direto, buscando viabilizar a operação de stablecoins com regras claras e rápidas, o CLARITY Act entra em terrenos jurídicos disputados e, por isso, tende a encontrar mais resistência — tanto política quanto prática. Tentar aprovar os dois juntos é como unir um sprint com uma maratona: o risco é não terminar nenhum dos dois a tempo.
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