As expectativas para a política monetária dos Estados Unidos em 2025 estão passando por uma reavaliação, com grandes bancos ajustando suas projeções sobre as decisões do Federal Reserve (Fed).
De acordo com o Goldman Sachs, podemos esperar dois cortes de juros para este ano, um em junho e outro em dezembro, deixando de lado o corte que havia sido projetado para março.
Já o JPMorgan Chase segue um caminho similar, descartando um corte em março, mas antecipando reduções em junho e setembro.
O Bank of America adotou uma visão ainda mais conservadora, afirmando que o ciclo de cortes de juros pode ter chegado ao fim. Para a instituição, é mais provável que a próxima alteração nas taxas seja um aumento, em vez de uma redução.
Barclays também retirou sua projeção de corte em março, ajustando sua previsão para uma única redução em junho. O RBC segue uma postura alinhada, reiterando que o ciclo de cortes parece ter sido concluído.
Inflação não dá sinais de queda
A reavaliação dessas projeções está diretamente relacionada às expectativas de inflação, que têm se mostrado fortes.
Dados preliminares de janeiro, coletados por uma pesquisa da Universidade de Michigan, apontaram para um aumento nas expectativas de inflação dos consumidores, tanto no prazo de um ano quanto de cinco anos, atingindo 3,3%. Este é o nível mais elevado em 12 meses.
Jerome Powell, presidente do Fed, havia sinalizado em setembro de 2024 sua intenção de trazer os juros para um nível menos restritivo. Afinal, com a inflação na faixa de 2,5% a 3% na época, ela estava acima da meta de 2%, o que justificaria uma abordagem cuidadosa.
