Goldman Sachs vê risco para o dólar após Trump demitir chefe da agência de emprego dos EUA

Goldman Sachs vê risco para o dólar após Trump demitir chefe da agência de emprego dos EUA
Imagem destaque: Pexels

A decisão de Donald Trump de demitir a diretora do órgão responsável pelas estatísticas de emprego nos Estados Unidos elevou a tensão nos mercados e pode acelerar a desvalorização do dólar, segundo avaliação do Goldman Sachs.

A substituição no comando do Bureau of Labor Statistics (BLS) ocorreu após a divulgação de dados negativos sobre o mercado de trabalho. 

O relatório de julho mostrou a criação de 73 mil vagas e trouxe revisões para baixo nos números de maio e junho, somando uma perda líquida de 258 mil empregos. 

Preocupações com a credibilidade dos EUA

O Goldman Sachs afirma que a medida enfraquece a confiança nas instituições públicas e pode afetar a credibilidade da política econômica estadunidense. De acordo com o banco, o dólar tende a perder força, principalmente frente ao iene, enquanto investidores buscam alternativas mais estáveis em meio ao aumento da percepção de risco.

A demissão foi acompanhada pela saída de Adriana Kugler, membro do Federal Reserve. Essa sequência alimentou críticas por autoridades e economistas que enxergam indícios de interferência política nos dados econômicos e na condução da política monetária.

O ex-secretário do Tesouro dos EUA, Larry Summers, classificou a demissão da chefe do BLS como um movimento perigoso rumo ao autoritarismo. Ele destacou que os indicadores são gerados por equipes de centenas de funcionários seguindo procedimentos rigorosos, e não por uma única pessoa.

William Beach, antigo comissário da agência estatística e co-presidente do grupo Friends of the BLS, afirmou que “não há como um comissário manipular os números”, lembrando que eles são revisados regularmente. Para Beach, a demissão mina a credibilidade de um sistema confiável há mais de um século.

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