Usuários da carteira Solana Phantom estão sendo alvo de uma nova onda de ataques de phishing.
Criminosos utilizam pop-ups falsos para enganar vítimas e obter a seed phrase, o que lhes permite roubar os fundos armazenados.
A plataforma Scam Sniffer, especializada na detecção de golpes Web3, falou sobre essa ameaça, que nada mais é do que a solicitação de uma suposta atualização da extensão da Phantom.
Ao aceitar, os investidores são levados a inserir suas credenciais, entregando involuntariamente o controle de suas carteiras aos golpistas.
Para evitar esses ataques, é sempre importante verificar a autenticidade dos links clicando com o botão direito do mouse, pois páginas fraudulentas costumam bloquear essa função.
Outra dica é conferir a URL exibida nos pop-ups. Isso porque janelas legítimas da Phantom contêm a indicação “chrome-extension” no endereço.
Além disso, os pop-ups verdadeiros funcionam como janelas do sistema, permitindo minimizar e redimensionar, enquanto os falsos permanecem restritos ao navegador.
Crescimento da Phantom
Não é à toa que a Phantom tem chamado a atenção dos golpistas. Afinal, a carteira não para de crescer e atrair cada vez mais usuários.
De acordo com o DefiLlama, a receita diária da plataforma com taxas de transação gira em torno de US$ 470 mil, superando, inclusive, a da Coinbase Wallet. Em janeiro, o faturamento diário da Phantom chegou a um pico de US$ 3,6 milhões.
A plataforma também ultrapassou a marca de 10 milhões de usuários ativos mensais e processou mais de 850 milhões de transações em 2024.
O suporte a múltiplas moedas, lançado no início de fevereiro, permitiu a negociação em 16 diferentes criptos, contribuindo ainda mais para a expansão da carteira.
Esse crescimento também foi impulsionado por uma rodada de financiamento Série C de US$ 150 milhões, que elevou a avaliação da empresa para US$ 3 bilhões.
Golpistas estão perdendo espaço?
Apesar de os golpistas da Web3 estarem cada vez mais “criativos”, a Chainalysis apontou que os valores pagos a criminosos caíram 35% no ano passado, totalizando US$ 815 milhões, abaixo do recorde de US$ 1,25 bilhão registrado em 2023.
A queda nos pagamentos de resgate foi ainda maior na segunda metade do ano, com uma redução de 79% em relação ao primeiro semestre.
A tendência também acompanha a redução geral de perdas com golpes e ataques no meio cripto.
De acordo com a CertiK, em dezembro, o montante perdido em fraudes e invasões foi de US$ 28,6 milhões, uma boa queda em relação aos US$ 63,8 milhões de novembro e aos US$ 115,8 milhões de outubro.
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