O Google anunciou um protótipo de computador quântico capaz de realizar cálculos que seriam impossíveis para os computadores convencionais mais avançados.
Segundo a empresa, a nova tecnologia pode executar em apenas cinco minutos operações que, para os supercomputadores atuais, levariam mais tempo do que a idade estimada do universo.
Esse avanço foi impulsionado pelo Willow, o novo chip quântico desenvolvido pelo Google, que apresenta o dobro de qubits (bits quânticos) em comparação ao modelo anterior, chamado Sycamore.
O que fazem esses computadores serem tão potentes?
Diferentemente dos computadores tradicionais, que operam com transistores representando números binários (0 e 1), os computadores quânticos utilizam partículas subatômicas manipuladas em estados quânticos.
Essas partículas podem representar múltiplos estados simultaneamente, graças ao fenômeno da superposição. Essa propriedade permite que os computadores quânticos realizem cálculos complexos de formas inimagináveis para os modelos clássicos.
Outra característica importante desses dispositivos é o entrelaçamento quântico, em que dois qubits podem ter estados interconectados, independentemente da distância entre eles. Essa propriedade, teorizada por Albert Einstein, ainda desafia o entendimento completo da ciência, mas é fundamental para o funcionamento das máquinas quânticas.
Desafios
Um dos grandes desafios dessa tecnologia tem sido lidar com a alta taxa de erros causada pela sensibilidade dos qubits, com raios cósmicos podendo interferir em seu funcionamento.
Além disso, observar diretamente os qubits colapsa seu estado quântico, transformando-os em bits clássicos e eliminando suas propriedades únicas.
A equipe do Google Quantum AI afirma ter encontrado uma solução para esse problema. Eles desenvolveram um método de correção de erros que diminui as falhas conforme o número de qubits aumenta. Apesar do avanço, a escalabilidade ainda é um obstáculo a ser superado antes que os computadores quânticos atinjam todo o seu potencial.