O Google Cloud lançou discretamente o GCUL, blockchain Layer 1 voltada para instituições financeiras. O projeto nasce com o intuito de acelerar e baratear pagamentos internacionais.
Com contratos inteligentes em Python, integração com inteligência artificial (IA) e testes já em andamento com a CME Group, a nova plataforma quer ser o novo esqueleto do sistema financeiro.
O GCUL (Google Cloud Universal Ledger) é descrito como uma estrutura neutra e compatível com qualquer instituição financeira, sem restrições de acesso como ocorre em algumas blockchains permissionadas.
O projeto foi anunciado em março em parceria com a CME, e agora entra em fase de testes com participantes do mercado. O objetivo é viabilizar liquidação 24 horas por dia e com baixo custo, abrangendo operações de margem, garantias e pagamentos transfronteiriços.
⚙️ Contratos em Python, IA e uma API só
Um diferencial é o uso de contratos inteligentes baseados em Python, linguagem comum no mundo corporativo. A ideia é facilitar a adoção por empresas tradicionais que desejam automatizar pagamentos ou gerenciar ativos digitais.
Outro ponto é a integração nativa com as ferramentas de IA e infraestrutura da própria Google Cloud, permitindo análises em tempo real, compliance automatizado e roteamento inteligente de pagamentos.
A disputa pelo domínio dos pagamentos globais está cada vez mais acirrada. A Ripple usa o XRP para transferências rápidas, a Circle lançou a Arc para competir nesse campo e a Stripe testa a blockchain Tempo com foco em desenvolvedores.
Só em 2024, transações com stablecoins passaram de US$ 30 trilhões, superando nomes como PayPal e Visa. A demanda por infraestrutura moderna está aí, e o GCUL quer abocanhar uma parte dela.
A fase de testes segue até 2026, e ainda não há previsão de quando será aberto ao público.
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