A atual administração dos Estados Unidos está estudando novas formas de aumentar suas reservas em Bitcoin (BTC).
A informação foi compartilhada por Bo Hines, diretor executivo do Conselho Presidencial de Assessores sobre Ativos Digitais, durante entrevista publicada na segunda-feira (14).
Hines destacou que o governo está comprometido em explorar todos os caminhos legais e financeiros para reforçar a presença dos Estados Unidos na indústria cripto.
Certificados de ouro subvalorizados podem gerar capital excedente
Entre as alternativas em estudo, está a atualização do valor de certificados de ouro emitidos no passado, que ainda são contabilizados a preços muito inferiores aos praticados atualmente no mercado.
“Temos certificados avaliados em US$ 43 por onça, enquanto o valor de mercado está em torno de US$ 3.100”.
Segundo o diretor, essa diferença poderia gerar um excedente de capital, que serviria para aumentar as reservas estratégicas do país em BTC.
Tarifas alfandegárias também estão no radar do governo
Além da valorização dos certificados de ouro, outra possibilidade citada foi o uso de receitas provenientes de tarifas alfandegárias.
“Nenhuma opção está descartada. O objetivo é utilizar todas as alavancas possíveis para aumentar nossas participações”.
Trump quer os EUA como referência global em cripto
Durante a conversa, Hines também abordou a posição de Donald Trump em relação às criptomoedas.
De acordo com o assessor, o presidente dos Estados Unidos apoia o mercado cripto e quer transformar o país em uma referência global de inovação no segmento.
Desde que assumiu o cargo no conselho da Casa Branca voltado a criptomoedas, Hines tem se reunido com diversas lideranças da indústria.
Documentos obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação mostram que, nos primeiros 30 dias de trabalho, ele participou de 50 encontros com representantes da indústria blockchain, com destaque para os nomes de Chris Dixon e Marc Andreessen, da Andreessen Horowitz, Brad Garlinghouse, da Ripple, e Caroline Butler, do BNY Mellon.
Leia mais: Obama apoia Harvard após recusa de exigências de Trump e corte bilionário de verbas