O Ministério da Fazenda quer simplificar (e encarecer) a vida de quem investe. A proposta que será enviada ao Congresso prevê uma unificação da alíquota do Imposto de Renda em 17,5% para aplicações financeiras – dando fim à tabela atual que varia de 15% a 22,5% conforme o prazo.
A medida faz parte de um pacote fiscal que também prevê o fim da isenção para títulos como LCI, LCA, CRI, CRA e debêntures incentivadas, que passarão a ser taxados em 5% a partir de 2026.
📉 Nova regra atinge aplicações isentas e pressiona investidores
Hoje, esses papéis são livres de IR, o que os torna atrativos para investidores e essenciais para setores do agronegócio e do mercado imobiliário.
A proposta mantém essa vantagem para quem já comprou os ativos, mas muda o jogo para novos títulos. A Frente Parlamentar da Agropecuária já se posicionou contra a medida, prometendo resistência no Congresso.
🧾 JCP também entra na mira com imposto maior
Outra mudança prevista na medida provisória é o aumento do imposto sobre os juros sobre capital próprio (JCP), que deve subir de 15% para 20%.
A mudança é tratada pelo governo como uma forma de compensar a redução parcial do aumento das alíquotas do IOF, após o recuo em decretos anteriores.
🧠 O que muda na prática para quem investe?
A unificação da alíquota para 17,5% pode simplificar o sistema, mas aumenta o custo para quem investe no curto prazo. Atualmente, aplicações resgatadas após dois anos pagam 15%.
Já a tributação dos produtos isentos desestimula quem buscava alternativas seguras e vantajosas, como LCI e LCA. A expectativa é que os bancos e empresas tenham que rever ofertas e rentabilidades para manter o apelo desses títulos.
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