Hacker da Coinbase reaparece e compra US$ 12,5 milhões em ETH

Depois de sumir dos radares, o hacker por trás do roubo milionário da Coinbase voltou à ativa — e com estilo. A carteira ligada ao ataque movimentou 4.863 ETH, equivalentes a US$ 12,55 milhões.

👻 O fantasma de maio

Em maio, o hacker vendeu 26 mil ETH e embolsou US$ 69 milhões, com preço médio de US$ 2.588 por unidade. Agora, comprou de volta US$ 2.581, praticamente no mesmo nível.

💰 Estratégia ou provocação?

O hacker tem liquidado ETH em momentos de alta e recompra em tendência de valorização. Em outras palavras, parece saber muito bem o que está fazendo.

Segundo dados da Lookonchain, essa mesma carteira vendeu US$ 68 milhões em ETH via THORChain há dois meses, em troca de DAI. A compra atual pode representar a conversão de stablecoins de volta para cripto, aproveitando o timing de mercado.

🧠 Hacker investidor?

A movimentação chamou atenção da comunidade no X. Um usuário da plataforma comentou:

“Esse cara não é qualquer um. Ele entende de segurança e entende do mercado. Não é só um hacker — é um operador experiente”.

Outros ironizaram que o atacante tem mais controle emocional e estratégia que muito investidor profissional, ao roubar, vender no topo e recomprar antes de nova alta.

🕵️‍♂️ Relembre o caso

Em 15 de maio de 2025, a Coinbase confirmou um ataque que expôs os dados de 97 mil usuários. Entre os afetados estava Roelof Botha, sócio da Sequoia Capital. Foram vazadas informações como número de telefone, endereço, documentos e nacionalidade.

O golpe começou com o suborno de um funcionário terceirizado na Índia, que prestava atendimento ao cliente. Com acesso privilegiado, os invasores conseguiram acessar perfis de usuários de alto perfil e exigiram até US$ 20 milhões para manter os dados em sigilo.

Após a descoberta do golpe, a Coinbase demitiu os atendentes envolvidos, reforçou as medidas internas e passou a colaborar com órgãos como o Departamento de Justiça dos EUA.

🔍 Repercussão e vigilância no ecossistema cripto

A companhia estimou entre US$ 180 milhões e US$ 400 milhões em reembolsos e remediações aos usuários afetados.
A ação derrubou o preço das ações COIN em mais de 7%, mesmo após retomar parte das perdas.
Desde então, essa carteira suspeita tem sido minuciosamente rastreadas por equipes de análise on‑chain, que monitoram suas transações em busca de novos indícios de liquidação ou movimentação estratégica.