Haddad afirma que inflação entre 4% e 5% é normal para o real

Haddad afirma que inflação entre 4% e 5% é normal para o real
Revista Oeste

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a inflação brasileira entre 4% e 5% pode ser considerada dentro dos padrões históricos desde a adoção do real, em 1994. 

A declaração foi dada durante evento do Fundo Monetário Internacional (FMI) na Arábia Saudita, onde Haddad abordou a evolução da economia nacional e os desafios enfrentados pelo país.

Em 2023, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 4,83%, superando o centro da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 3%. Quando ultrapassa os 4,5%, a inflação extrapola o limite permitido pelo regime de metas.

O ministro também destacou que, apesar do aumento do dólar no final do ano passado ter pressionado os preços, o cenário atual já apresenta um câmbio mais estável. Segundo ele, os ajustes fiscais adotados pelo governo não têm impacto recessivo e permitem que a economia cresça a um ritmo de 3% a 4% ao ano, ao mesmo tempo em que a inflação segue trajetória de queda.

O Banco Central, responsável pelo controle da inflação, utiliza a taxa Selic como principal ferramenta para influenciar o comportamento dos preços. Quando a inflação se afasta da meta, os juros são ajustados para conter os impactos econômicos. Atualmente, a Selic está em 13,25% ao ano, um dos patamares mais elevados do mundo em termos reais.

A meta central de inflação no Brasil foi de 4,5% ao longo dos 26 anos do regime de metas, iniciado em 1999. No entanto, a inflação média do período ficou acima desse nível, atingindo 6,36%, segundo o IBGE. Em declarações anteriores, Haddad havia manifestado sua visão de que a meta de 3% é um objetivo rigoroso e difícil de ser alcançado de forma consistente no país.

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