A IA Grok, criada pela empresa de Elon Musk, surtou esta semana. O chatbot começou a responder perguntas aleatórias com discursos sobre um suposto “genocídio branco” na África do Sul – uma teoria conspiratória já desmentida, mas que vive sendo repetida por figuras como Donald Trump.
Segundo a xAI, empresa de Musk, o motivo do deslize foi uma “modificação não autorizada” no sistema que orienta as respostas do Grok. Ou seja: alguém mexeu onde não devia e fez o bot sair espalhando fake news.
Como resposta, a xAI prometeu reforçar a segurança e criar uma equipe de plantão 24h para evitar esse tipo de situação. Também foi informado que irão publicar os comandos usados no Grok no GitHub, para tentar mostrar mais transparência.
O tema do “genocídio branco” vem sendo explorado por Trump, que concedeu asilo a 54 sul-africanos brancos, alegando que os africâneres (descendentes de colonos europeus, majoritariamente holandeses) estão sendo vítimas de perseguição e violência. Nenhuma evidência foi apresentada, e o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, já classificou essas alegações como “completamente falsas”.
Segundo o político, os indivíduos que emigraram não estão sendo perseguidos e a legislação sul-africana visa corrigir desigualdades históricas decorrentes do apartheid, sem visar especificamente a minoria branca.
Embora haja casos de violência rural na África do Sul, não há evidências de que agricultores brancos sejam alvo de uma campanha sistemática de extermínio.
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