A divulgação dos dados econômicos dos Estados Unidos nesta quinta-feira (14) jogou um balde de água fria no otimismo do mercado.
O Índice de Preços ao Produtor subiu 0,9% em julho, maior alta mensal desde junho de 2022.
No acumulado de 12 meses, o indicador avançou 3,3%, superando a estimativa de 2,5% e atingindo o maior nível desde fevereiro.
Os números reforçam a percepção de que a inflação nos EUA segue pressionada. O núcleo do PPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, também acelerou para 0,9% no mês e 3,7% na base anual, contra expectativas de 0,2% e 2,9%, respectivamente.
Outro dado importante do dia foi o número de pedidos semanais de seguro-desemprego, que totalizou 224 mil até 9 de agosto, abaixo da projeção de 228 mil. Apesar da queda, o mercado de trabalho estadunidense não dá sinais de vigor.
A média mensal de criação de empregos nos últimos três meses está em 35 mil, enquanto empresas relutam em contratar diante da demanda interna mais fraca desde o fim de 2022. Assim, é possível que a taxa de desemprego chegue a 4,3% em agosto.
🤔 E agora, Fed?
O mercado ainda precifica majoritariamente um corte de juros na próxima reunião do Federal Reserve, marcada para 17 de setembro de 2025.
Dados da CME FedWatch Tool mostram que 94,4% dos traders apostam na redução da taxa para o intervalo de 4,00% a 4,25%, enquanto apenas 5,6% acreditam na manutenção dos atuais 4,25% a 4,50%.
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