Mais de 200 influenciadores da área de criptomoedas foram expostos após o investigador on-chain ZachXBT divulgar uma planilha com valores cobrados por publicações pagas.
O documento traz nomes de usuários, valores por post e até endereços de carteira, tudo vinculado a um projeto sem nome.
Segundo Zach, mais de 160 aceitaram o acordo. Menos de cinco sinalizaram aos seguidores que se tratava de propaganda.
Entre os casos mais caros está Atity, que pediu US$ 60 mil por um único post.
Outros nomes da lista cobravam pacotes promocionais, como Eddy (US$ 12 mil por 6 tweets), MediaGiratfes (US$ 10 mil por 2 posts) e Sibeleth (US$ 40 mil por post).
Nenhum dos principais nomes citados avisou ao público que o conteúdo era pago. As carteiras usadas nas transações foram listadas de forma pública, facilitando o rastreio.
🤐 Tier 2 e 3 também faturaram sem transparência
Influenciadores de médio e pequeno porte também aparecem na planilha. Os valores variam entre US$ 750 e US$ 4.750 por post ou pacote. A maioria não sinalizou que os conteúdos eram patrocinados.
As carteiras on-chain foram agrupadas por formato e algumas se repetem entre diferentes perfis. O padrão mostra que parte das contas pode ter sido operada pela mesma pessoa ou equipe.
💼 Influência ou publicidade disfarçada?
A publicidade cripto feita às escondidas já virou parte do jogo, mas esse vazamento deixa tudo nu.
Quando um influenciador aceita dinheiro para divulgar um projeto e se cala sobre isso, ele manipula a confiança do público e se coloca no papel de cúmplice.
A linha entre recomendação e propaganda se apaga, e quem segue o conselho achando que é opinião sincera acaba sendo enganado.
Em muitos países, esse tipo de prática pode ser considerada ilegal. Não informar que uma publicação foi paga é mais do que falta de ética. É esconder um interesse financeiro com potencial de causar perdas reais, e que pode sim ser classificado como propaganda enganosa.
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