O novo sistema de inteligência artificial (IA) da Microsoft superou médicos experientes em diagnósticos complexos, com custo reduzido e maior precisão.
Em testes com os casos clínicos mais difíceis publicados no New England Journal of Medicine, a IA acertou 85% dos diagnósticos, enquanto os médicos ficaram na média de 20%. E o mais curioso: gastando menos com exames e sem desperdiçar recursos.
💊 Diagnóstico difícil? A IA resolve melhor
O MAI-DxO, como foi batizado o sistema, funciona como um “painel de médicos virtuais”. Ele analisa sintomas iniciais, escolhe quais exames pedir, interpreta os resultados e chega ao diagnóstico. Tudo de forma sequencial, como na vida real.
O grande diferencial está na capacidade de raciocínio clínico contínuo, que vai além dos testes de múltipla escolha usados para medir IA no passado. A abordagem permite que o sistema faça perguntas, investigue e mude de hipótese até acertar — como um bom médico faria.
📉 Diagnóstico barato e certeiro
Além da taxa de acerto altíssima, o MAI-DxO se mostrou mais econômico que os médicos. O sistema calcula o “custo virtual” de cada teste pedido e consegue resolver os casos com menos exames e mais precisão.
Modelos de IA como GPT-4, Claude, Llama e Gemini também participaram dos testes. O MAI-DxO melhorou o desempenho de todos eles, provando que orquestrar diferentes IAs é mais poderoso que usar uma só.
🏥 E agora?
A Microsoft quer que a IA seja aliada, não substituta, dos profissionais da medicina. A ideia é que ela ajude em diagnósticos complexos e reduza desperdícios no sistema de saúde.
Mas ainda há limitações: os testes não consideraram o trabalho colaborativo real dos médicos, nem a performance da IA em situações do dia a dia. Os próximos passos serão de testes com pacientes reais e parcerias com hospitais e instituições de saúde.
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