Israel x Irã x Bitcoin: semana promete alta volatilidade

Israel x Irã x Bitcoin: semana promete alta volatilidade
Imagem destaque: ChatGPT

A guerra entre Israel e Irã entra numa nova fase nesta semana, marcada por decisões que podem agravar a tensão no Oriente Médio e impactar o preço do bitcoin (BTC). Entre elas, está a possível autorização do Irã para bloquear o Estreito de Hormuz, a repetição de ataques com o míssil hipersônico Fattah‑1 e a ameaça de envolvimento de grupos aliados na região.

Este é um panorama dos pontos que merecem atenção nos próximos dias — com nomes, datas e fatos que ajudam a entender até onde esse conflito pode ir.

⛔ Estreito de Hormuz no centro da crise

No final de semana, o parlamento iraniano aprovou uma proposta que autoriza o bloqueio do Estreito de Hormuz, rota por onde passa parte do petróleo exportado por países árabes. A decisão final está agora nas mãos do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, que pode se posicionar a qualquer momento.

Se o fechamento for colocado em prática, a reação deve ser imediata. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que qualquer tentativa de interromper a navegação na região será respondida militarmente. “O mundo inteiro depende desse fluxo. Não vamos tolerar isso”, disse, em entrevista à Fox News.

A simples ameaça já mexeu com o mercado. O barril do petróleo Brent, por exemplo, já ultrapassou US$ 77, com tendência de alta nos próximos dias.

🚀 O peso simbólico e estratégico do Fattah‑1

Outro ponto-chave para esta semana é o uso do míssil Fattah‑1, apresentado pelo Irã como hipersônico. No ataque da última semana, Teerã afirmou ter lançado o armamento contra Israel — fato que não foi confirmado oficialmente pelas forças israelenses, mas gerou preocupação nas defesas do país.

Segundo Fabian Hinz, especialista em armamentos do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, o Fattah‑1 “não é exatamente um míssil hipersônico no padrão russo ou chinês, mas tem manobrabilidade suficiente para escapar de alguns sistemas convencionais de defesa”.

Mesmo assim, a simples presença desse míssil no conflito muda o jogo. Afinal, ele tem alcance para atingir alvos estratégicos dentro do território israelense e pode levar Tel Aviv a reconsiderar suas linhas vermelhas no confronto.

🧨 Aliados de Teerã ainda em compasso de espera

Até agora, grupos alinhados ao Irã como Hezbollah, Houthis e milícias iraquianas permanecem fora do combate direto. Mas a movimentação é evidente. Segundo a Reuters, autoridades de segurança libanesas relataram o transporte de drones e armamentos para áreas ao sul de Beirute, em regiões controladas pelo Hezbollah, como parte de uma reorganização pós-cessar-fogo. O próprio exército israelense confirmou ataques a depósitos subterrâneos na mesma região.

No Iraque, a Reuters ouviu comandantes de grupos como Kataib Hezbollah e Asaib Ahl al-Haq, que descrevem uma fase de “posicionamento estratégico” e redução da exposição pública, principalmente após os bombardeios estadunidense. 

Apesar da cautela, a tensão entre esses aliados e os governos de Israel e EUA continua alta. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que qualquer tentativa de abertura de uma nova frente regional será tratada como ataque direto e terá resposta imediata.

E o bitcoin?

Após o ataque dos EUA a instalações nucleares do Irã no fim de semana, o bitcoin apresentou forte volatilidade e comportamento misto.

📉 Reação inicial: forte queda 

  • Sábado à noite: logo após o anúncio das operações em Fordow, Natanz e Esfahan, o BTC perdeu a marca de seis dígitos, atingindo os US$ 99.800.
  • Domingo: a queda se intensificou, com o preço oscilando até US$ 98.200 — o menor patamar desde 8 de maio.
  • Final de domingo e segunda: a cripto se recuperou, voltando a US$ 101.200–101.600.

Analisando o gráfico semanal do BTC/USDT, há alguns pontos técnicos importantes para projetar o comportamento da criptomoeda nesta semana:

1. Toque em resistência

O gráfico mostra que o BTC testou a região entre US$ 109.000 e US$ 112.000, onde encontrou resistência — mesma faixa que travou o movimento de alta em março.

2. Formação de topo duplo?

Há indícios de um possível topo duplo, com o preço recuando após falhar em romper a máxima histórica recente, o que aumenta a chance de correção no curto prazo se não houver catalisador positivo forte.

3. Suporte importante

O suporte mais próximo está entre US$ 94.000 e US$ 96.000, que serviu como base para o último impulso de alta. Se o BTC perder os US$ 100.000 com força, esse intervalo tende a ser testado.

4. Volume decrescente

A queda no volume durante essa sequência de candles mostra menor convicção compradora, o que pode ser um indicativo de exaustão da alta no curto prazo.

🧭 Expectativa para esta semana

Se a tensão geopolítica entre EUA, Irã e Israel continuar pressionando os mercados, e não houver rompimento consistente acima de US$ 104.000, a expectativa para esta semana é uma correção leve ou lateralização, com possível teste da região dos US$ 98.000–99.000.

Caso perca o BTC os US$ 98.000 com volume, o alvo passa a ser US$ 94.000. Por outro lado, se houver notícia positiva relevante, o BTC pode buscar nova tentativa acima de US$ 107.000.

Além de questões diplomáticas, investidores da criptomoeda devem se atentar aos seguintes dados:

Dados de desemprego nos EUA, que serão divulgados em 26 de junho.

Índice de Preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) Mensal e Anual dos EUA, que serão divulgados em 27 de junho.

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