A partir de 2025, o Itaú Unibanco deve liberar transferências de Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) entre carteiras externas e aumentar a oferta de criptomoedas negociáveis no superapp. Atualmente, essas funcionalidades estão em fase de testes com um grupo seleto de usuários.
De acordo com Guto Antunes, Head de Itaú Digital Assets, a funcionalidade de transferência cripto, chamada de “Wallet-in”, é um dos principais projetos em andamento.
“Estamos aprendendo com os testes e, a partir de 2025, pretendemos liberar essa funcionalidade para toda a base de clientes”.
Além disso, o banco deve aumentar sua prateleira de ativos digitais nos próximos anos, alinhando a inclusão de novos tokens às regulamentações do mercado brasileiro.
“Nosso objetivo é oferecer soluções seguras e alinhadas às expectativas dos clientes, sempre acompanhando as mudanças no cenário regulatório e nas tendências de mercado”.
Comprar bitcoin com R$10
Outra inovação do Itaú é a possibilidade de comprar e vender Bitcoin e Ethereum diretamente no aplicativo do banco.
A funcionalidade será integrada ao menu de investimentos e terá um investimento mínimo acessível de R$ 10. Segundo a instituição, não haverá taxas mensais ou encargos adicionais na venda dos ativos, mas a compra terá uma taxa de 2,5%.
O banco apontou que a decisão de trazer criptomoedas para o superapp faz parte de uma estratégia de democratização financeira e personalização dos serviços.
Desde o lançamento da funcionalidade de negociação de criptomoedas na plataforma Íon, o Itaú observou um bom crescimento no interesse por essa classe de ativos.
Segundo o banco, o volume mensal de compras na plataforma aumentou 300%, e o número de novos clientes cresceu 30% durante o último ciclo de alta do mercado.
Antunes atribui esse sucesso à confiança dos clientes no banco e à oferta inicial focada em Bitcoin e Ethereum.
Além de expandir suas ofertas, o Itaú tem investido na educação e na segurança para fortalecer sua atuação no mercado de ativos digitais. Em parceria com a Mosaiclab, o banco realizou uma pesquisa com 1.342 brasileiros, identificando que a confiança na instituição financeira é um dos fatores mais importantes para quem investe em cripto.
Apesar disso, barreiras como o medo de perdas financeiras e a falta de conhecimento ainda desmotivam uma parte significativa dos investidores. Para superar esses desafios, o Itaú prioriza funcionalidades que garantam segurança nas transações, como histórico detalhado de operações e integração com outros serviços do banco.
Leia mais: Economista do Bradesco é escolhido para liderar Política Monetária do BC em 2025