A agência reguladora do Japão pretende reduzir a alíquota de imposto sobre ganhos com criptomoedas para 20%, além de abrir caminho para ETFs spot de Bitcoin. As mudanças devem entrar em vigor a partir do ano fiscal de 2026.
Hoje, investidores japoneses podem pagar até 55% de imposto sobre lucros com cripto, dependendo da renda. A nova proposta quer alinhar o mercado às regras de ações e títulos, com tributação fixa de 20%.
Outra mudança importante é permitir que prejuízos possam ser abatidos por até três anos consecutivos, o que já acontece no mercado tradicional. A ideia é facilitar o acesso, estimular a negociação e trazer mais liquidez ao mercado.
📊 ETFs de cripto no radar
Além da reforma tributária, a FSA (Agência de Serviços Financeiros) quer reclassificar as criptomoedas como produtos financeiros, permitindo aplicar regras de transparência obrigatória, combate ao uso de informação privilegiada e medidas de proteção ao investidor.
Essa reclassificação também abriria caminho para a criação dos primeiros ETFs spot de Bitcoin no Japão. Por enquanto, o público japonês precisa buscar exposição ao BTC em fundos listados nos EUA ou em trusts regulados de Singapura.
Ainda em 2025, o Japão deve aprovar sua primeira stablecoin atrelada ao iene, a JPYC. A moeda será emitida por uma fintech de Tóquio e terá lastro integral em depósitos bancários.
A expectativa é de que 1 trilhão de ienes em JPYC circule nos próximos três anos.
📈 Cripto mais popular que câmbio e títulos
O Japão já soma mais de 12 milhões de contas ativas em cripto, com 5 trilhões de ienes em ativos, o equivalente a US$ 34 bilhões. O dado é do primeiro semestre de 2024.
Entre os mais jovens, as criptomoedas superam o interesse por câmbio e bonds corporativos. Grandes empresas também têm se unido a fintechs para acelerar o uso de stablecoins e desenvolver novos serviços.
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