O Google, subsidiária da Alphabet, está enfrentando um dos maiores julgamentos antitruste da era digital. Na última segunda-feira (21), autoridades dos Estados Unidos deram início a uma audiência que pode determinar mudanças no domínio da empresa sobre o setor de buscas na internet.
Isso porque o Departamento de Justiça norte-americano (DOJ) busca impor medidas que poderiam, entre outras consequências, forçar a companhia a se desfazer do navegador Chrome.
O processo ocorre em Washington, sob supervisão do juiz federal Amit Mehta, e tem previsão de durar três semanas.
Acordos com a Apple estão na mira
A gigante das pesquisas é acusada de firmar contratos bilionários com fabricantes de dispositivos, como a Apple, para se manter como mecanismo de busca padrão em smartphones, tablets e outros eletrônicos. Segundo o DOJ, essa estratégia elimina a chance de concorrentes se estabelecerem no mercado de forma justa.
Com isso, os procuradores estão querendo proibir esses acordos exclusivos e a exigência de que o Google licencie seus resultados de busca para empresas rivais. Caso essas ações não sejam suficientes para restabelecer a competição, a Justiça poderá ordenar a separação do sistema operacional Android do restante da companhia.
Google reage às acusações
Apesar da pressão, o Google não pretende recuar. Em nota divulgada no domingo (20), a executiva Lee-Anne Mulholland criticou as propostas do governo:
“Quando o assunto são medidas antitruste, a Suprema Corte dos EUA já afirmou que é necessário agir com cautela. O plano do DOJ ignora completamente essa orientação”.
Em agosto de 2024, o Google foi considerado culpado por monopolizar o mercado de buscas e, na última semana, uma corte na Virgínia determinou que a empresa também mantém práticas ilegais no setor de publicidade digital.
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