A desenvolvedora de jogos FractureLabs ingressou com um processo judicial contra a Jump Trading, formadora de mercado da indústria blockchain.
A ação alega que a Jump utilizou o token DIO, desenvolvido pela FractureLabs, para manipulação de preços.
O início do acordo
Em 2021, a FractureLabs realizou um acordo com a empresa para atuar como formadora de mercado, visando facilitar a oferta inicial do DIO na exchange de criptomoedas HTX.
De acordo com a acusação, após a contratação, a FractureLabs transferiu 16 milhões de DIO para a Jump Trading—sendo 10 milhões destinados à empresa e 6 milhões à HTX. Depois de uma campanha promocional realizada por influenciadores, o preço do token disparou para US$ 0,98, resultando em um valor total de US$ 9,8 milhões para os ativos da Jump.
Os problemas começam
O processo afirma que, após essa valorização, a formadora de mercado teria vendido suas participações a esse preço inflacionado, levando a uma queda brusca do DIO para menos de US$ 0,005.
Segundo a FractureLabs, a Jump provocou deliberadamente essa desvalorização, recomprando o token a um preço bem abaixo do que havia sido acordado, violando assim suas obrigações.
Além disso, a ação destaca que a Jump abandonou o contrato logo após a queda do preço do token, falhando em manter seu valor.
A FractureLabs também denuncia que a HTX reteve US$ 1,5 milhão em USDT, montante que havia sido depositado pela empresa, devido à desvalorização do DIO.
As acusações
As acusações gerais são: fraude, conluio civil para a prática de fraude, quebra de contrato e violação de dever fiduciário. A FractureLabs pede um julgamento com júri, indenizações e a devolução dos lucros obtidos pela Jump.
Em resposta, a Jump Trading negou as alegações, classificando-as como “factualmente falhas” e prometendo contestar as acusações no tribunal.
Um histórico controverso
Em 2023, a SEC dos Estados Unidos mencionou a participação da Jump na queda do stablecoin UST da Terraform Labs, embora a empresa não tenha sido ré na ação.
A Comissão alegou que a Jump teve um papel na recuperação do valor do UST após uma desvalorização inicial em maio de 2021.