Justin Sun, fundador da Tron, fez críticas à Coinbase em sua conta na rede social X, apontando que o lançamento da versão tokenizada do Bitcoin pela exchange, o cbBTC, marcou um “dia sombrio” para o mercado de criptomoedas.
Sun afirmou que o cbBTC não possui provas de reservas, não passou por auditorias e que a empresa responsável poderia congelar os saldos dos usuários a qualquer momento.
O empresário comparou o projeto a uma situação de “confie em mim”, alegando que, sob uma ordem judicial, as autoridades norte-americanas poderiam confiscar todos os Bitcoins dos usuários.
“Não existe melhor representação do que seria um ‘Bitcoin de banco central’ do que isso”, comentou Sun.
Além disso, o fundador da Tron alertou a comunidade de finanças descentralizadas (DeFi), da qual se diz amigo de muitos dos fundadores, sobre os riscos de integrar o cbBTC aos protocolos DeFi.
“Essa é uma combinação absurda, unir bancos centrais e Bitcoin”, enfatizou, mencionando que Satoshi Nakamoto, criador do BTC, jamais teria imaginado esse cenário.
Mas já que estamos falando de Bitcoin embrulhado…
O WBTC, a maior versão tokenizada de Bitcoin, passou por uma mudança em sua estrutura de custódia, envolvendo uma parceria entre a BitGo e a BitGlobal, empresa que possui laços com Sun por meio de diretores e estruturas corporativas compartilhadas.
Embora a governança do WBTC seja supostamente descentralizada, a comunidade que compõe a DAO do projeto não foi consultada sobre as mudanças na custódia.
A BitGlobal e a BitGo agora dividem o controle das chaves privadas, com a inclusão da BitGo Singapore Ltd. no processo de proteção.
Além de sua conexão com a BitGlobal, Sun também está envolvido em outro projeto concorrente de Bitcoin tokenizado na rede Tron, que tem sido alvo de críticas devido à falta de transparência sobre suas reservas de BTC e medidas de segurança.