O grupo de hackers Lazarus, suspeito pelo ataque bilionário à Bybit, pode ter envolvimento nas últimas fraudes de memecoins na rede Solana (SOL), segundo investigações do analista on-chain ZachXBT. O especialista acredita que os fundos desviados no ataque à plataforma cripto estão sendo movimentados para carteiras associadas a golpes no ecossistema blockchain.
O ataque à Bybit foi classificado como o maior da história das criptomoedas, com prejuízo de US$ 1,4 bilhão. A invasão resultou na perda de stETH e mETH, e empresas especializadas em segurança blockchain apontaram o Lazarus Group como o possível responsável pelo roubo.
As movimentações analisadas por ZachXBT mostram que parte dos fundos desviados no ataque foi transferida para uma carteira identificada como 0x363908df2b0890e7e5c1e403935133094287d7d1, que posteriormente converteu USDC para a rede Solana. O valor de US$ 1 milhão foi distribuído entre diversas carteiras já associadas a fraudes com memecoins em operações na plataforma Pump.fun, marketplace de criação de tokens na blockchain da SOL.
O analista on-chain identificou 920 carteiras ligadas aos fundos da Bybit e encontrou conexões entre os operadores dessas contas e lançamentos anteriores de memecoins fraudulentas. Além disso, as mesmas carteiras ligadas ao ataque da Bybit também foram vinculadas ao hack de US$ 29 milhões sofrido pela Phemex em janeiro.
Memecoins na Solana continuam atraindo golpistas
A presença do Lazarus em operações na Solana não surpreende, pois a rede tem sido alvo frequente de fraudes com memecoins e esquemas de rug pull. Certamente você se lembra do caso Libra (LIBRA), associado ao presidente da Argentina, Javier Milei.
O projeto teria sido manipulado por insiders que drenaram mais de US$ 107 milhões em liquidez, provocando uma queda de 94% no preço do token e um prejuízo total estimado em US$ 4 bilhões para investidores.
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