Yao Qian, ex-líder do Instituto de Moeda Digital do Banco Central da China (CBDC), foi expulso do Partido Comunista Chinês e afastado de seus cargos públicos após ser acusado de corrupção com criptomoedas.
A denúncia foi feita pelas autoridades chinesas, que afirmaram que Yao violou as normas e a legislação, além de se apresentar falsamente como um especialista em tecnologia financeira. Ele teria apoiado empresas específicas do setor em troca de vantagens pessoais.
Segundo as autoridades, Yao abusou de seu poder regulatório e utilizou criptomoedas para promover acordos ilícitos, recebendo “uma quantidade considerável de fundos e bens de forma ilegal”.
A investigação sobre Yao agora segue para as autoridades judiciais, que decidirão sobre a possível acusação formal e as penalidades a serem aplicadas.
Vida antes das acusações
Em sua carreira, Yao foi uma figura influente, tendo ocupado o cargo de chefe do Departamento de Regulação de Tecnologia na Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China, além de ter liderado o Instituto de Moeda Digital desde sua criação em 2017.
Sua trajetória também conta com uma atuação na discussão sobre blockchain e criptomoedas, com a publicação de um livro em 2022 sobre DAO, DeFi, NFT e o conceito de X-to-earn.
Além disso, em abril deste ano, ele escreveu um artigo falando sobre os riscos de ETFs spot de Bitcoin nos Estados Unidos, publicado no Caixin, portal financeiro chinês.
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