A Lido Finance lançou o “módulo de staking comunitário” (CMS) para quebrar as barreiras técnicas e financeiras que tradicionalmente dificultam a prática do staking solo do Ethereum (ETH).
Dmitriy Gusakov, líder técnico da LidoDAO, disse em entrevista ao The Block que o CMS será o primeiro módulo de staking sem permissão da Lido. No entanto, em sua fase inicial, o protocolo estará disponível apenas para os participantes do período de “adoção antecipada”, que começou em outubro, englobando stakers solo de Ethereum e Gnosis, além de titulares de credenciais da Obol Techne.
Após a ativação da mainnet, qualquer pessoa que possua 1,5 ETH poderá se tornar um operador de node, unindo seus tokens para ganhar recompensas de validador. Esse valor é equivalente a US$ 3.800 com os preços atuais, e, em uma segunda fase, os novos validadores poderão operar com um requisito de 1,3 ETH.
Atualmente, a criação de um node Ethereum para staking é de 32 ETH, ou US$ 81.000.
Segundo a Lido, a configuração amigável do CMS faz com que ele seja uma das soluções de staking mais acessíveis para stakers solo.
Ao contrário de outras soluções que exigem um vínculo maior, formas secundárias de colateral ou mecanismos de bilhetes complexos, o CMS permite que os participantes utilizem apenas ETH.
Gusakov ressalta que o lançamento do módulo é um passo importante para enfrentar as controvérsias que cercam a Lido desde sua ascensão no mercado.
Críticos afirmam que a dominância da plataforma no mercado de staking poderia comprometer a segurança do Ethereum, concentrando o poder entre poucos detentores de tokens.
No momento da escrita deste artigo, a Lido detém menos de 30% do market share de staking, de acordo com dados da Dune Analytics.