O presidente Lula está acelerando a preparação de medidas econômicas de impacto popular a menos de um ano do período proibitivo para novos anúncios eleitorais. A principal aposta é tirar do papel a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, promessa feita ainda na campanha de 2022.
O prazo para aprovar e divulgar esses programas termina em julho de 2026. Até lá, o governo quer colocar seis novos projetos na rua — e garantir que os efeitos sejam sentidos antes do primeiro turno.
💸 IR até R$ 5 mil: custo bilionário e votação marcada
A proposta de isenção para salários de até R$ 5 mil e alívio na alíquota até R$ 7.350 está em análise no Congresso e deve ser votada até setembro de 2025. O impacto estimado agora gira em R$ 31,3 bilhões, segundo o parecer de Arthur Lira. Antes, a Receita projetava um custo de R$ 25,8 bilhões.
Essa medida é tratada como prioridade. Ela combina apelo popular com efeito direto na renda disponível — e pode influenciar a percepção da economia no ano de eleição.
🏘️ Crédito barato, gás e motos: dinheiro direto na ponta
Outros programas também devem sair do papel. Lula já defendeu o aumento de crédito subsidiado para reformas residenciais e compra de motos elétricas por entregadores. E há discussões sobre um novo teto para o Minha Casa, Minha Vida, mirando a classe média.
Em agosto, o governo deve lançar o Gás para Todos, aumentando o acesso ao gás de cozinha. O plano é saltar de 5,4 milhões para 16,6 milhões de famílias atendidas, segundo o Ministério de Minas e Energia.
🧮 Corte recorde no Bolsa Família gera ruído
Na contramão dos novos programas, 855 mil famílias saíram do Bolsa Família entre junho e julho, no maior corte mensal da história do programa. O governo diz que os desligamentos ocorreram por aumento de renda.
Wellington Dias afirmou que o plano é adicionar 2 milhões de novas famílias e que os cortes devem ser mais suaves nos próximos meses.
📊 Popularidade em leve alta e pressão eleitoral
A aprovação do governo subiu em julho, segundo a Quaest, enquanto Lula se posicionava nas redes sobre a taxação de produtos brasileiros imposta por Trump. A diferença entre aprovação e reprovação caiu de 17 para 10 pontos percentuais em dois meses.
Para conseguir apoio de partidos de centro em 2026, o Planalto quer manter essa curva. E aposta que os novos programas — se entregues a tempo — farão a diferença.
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