A Justiça Eleitoral de São Paulo determinou que o candidato Pablo Marçal, do PRTB, pague uma multa de R$ 30 mil por divulgar informações falsas durante sua campanha à prefeitura da capital paulista.
A decisão, assinada pelo juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, foi publicada na última quinta-feira, 29 de agosto.
Marçal foi acusado de difundir alegações infundadas contra Guilherme Boulos, do PSOL, ao insinuar que seu adversário estaria envolvido com o uso de cocaína.
A declaração, feita durante uma sabatina na CNN Brasil, foi considerada pela Justiça Eleitoral como parte de uma estratégia deliberada de desinformação, violando as normas eleitorais vigentes.
Em sua decisão, o juiz Colombini destacou que a conduta de Marçal reflete uma tática abusiva e ilegal, que já foi condenada em outros processos eleitorais. Até o momento, o empresário não comentou publicamente a decisão, e ainda é possível recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).
Essa não é a primeira vez que Marçal tenta associar Boulos ao uso de drogas. Desde o início da campanha, em debates e outras aparições públicas, ele tem reiterado essas acusações, que, de acordo com a Justiça Eleitoral, não têm fundamento.
Em resposta, o candidato do PSOL já garantiu pelo menos seis direitos de resposta nas redes sociais de Marçal, embora algumas dessas decisões ainda aguardem a análise do plenário do TRE-SP.
A acusação de Marçal baseia-se em um processo de 2021 que envolve a apreensão de drogas, mas a pessoa acusada naquele caso não é Guilherme Castro Boulos, candidato a prefeito, mas sim Guilherme Bardauil Boulos, candidato a vereador em São Paulo.
Fonte: ISTOÉ