O Suriname, nação da América do Sul, pode estar prestes a adotar o Bitcoin (BTC) como moeda oficial.
Maya Parbhoe, candidata à presidência nas eleições de 2025 e CEO da Daedalus Labs, disse que está determinada a transformar o país em um modelo econômico baseado na criptomoeda, seguindo e expandindo os passos de El Salvador.
A principal proposta de Parbhoe é instituir o Bitcoin como moeda de curso legal no primeiro ano de sua gestão, substituindo gradualmente o dólar surinamês por satoshis (sats) e vinculando todos os salários ao BTC.
No entanto, sua visão vai muito além de uma simples troca de moeda. Parbhoe defende o fim do banco central, a redução de impostos, a privatização de serviços públicos e a emissão de títulos nacionais em Bitcoin.
“Estamos construindo um novo sistema baseado no que Satoshi Nakamoto começou”, afirma a candidata, que acredita que uma economia descentralizada pode eliminar os vícios do sistema fiduciário e trazer transparência ao orçamento público.
A história de Parbhoe
Aos 13 anos, ela perdeu seu pai, Winod Parbhoe, assassinado em meio a um escândalo de corrupção que envolvia desvio de milhões de dólares do sistema bancário nacional para financiar o tráfico de armas. Desde então, a luta contra a corrupção se tornou o centro de sua vida e, agora, de sua campanha política.
“Se existe uma causa pela qual morreria, seria o Bitcoin”.
Com um histórico de mais de uma década no setor de tecnologia e criptomoedas, Parbhoe tem experiência de sobra para liderar essa transformação.
Ela começou no universo cripto em 2014, frequentando conferências e participando de grupos especializados, o que a levou a aprofundar seu entendimento sobre mercados financeiros globais e as fragilidades do sistema econômico do Suriname.
Além disso, ela trabalhou com Samson Mow, CEO da Jan3, e juntos quase conseguiram a aprovação de uma ordem executiva para tornar o Bitcoin moeda oficial no Suriname em 2023.
Contudo, o processo foi bloqueado devido à suposta solicitação de propina por um alto funcionário do governo.