As criptomoedas podem ser território fértil para inovação — mas também para delírios coletivos. No meio cripto, vimos tokens dispararem não por tecnologia, utilidade ou proposta… mas por motivos completamente errados.
🏛 $LIBRA – O token “presidencial” que virou escândalo argentino
Sim, a Argentina lançou uma memecoin. E não foi obra de um dev aleatório: o próprio presidente Javier Milei foi o garoto-propaganda do $LIBRA. Anunciado com pompa em fevereiro, o token foi vendido como símbolo de liberdade financeira e Web3 patriótica.
A valorização foi forte. Em minutos, o token saltou de zero a bilhões, como resultado de uma narrativa nacionalista e a bênção presidencial. Muita gente acreditou. Afinal, “se o presidente está promovendo…”
Spoiler: o fundo veio rápido. Os criadores liquidaram seus ativos no topo, e o token derreteu em poucas horas. O prejuízo bateu centenas de milhões. Vieram as denúncias, a CPI e um novo sinônimo de golpe institucionalizado.
👠 $MELANIA – O clone mal disfarçado de $TRUMP
Depois do sucesso do $TRUMP, era previsível que alguém tentasse repetir a dose. E assim nasceu o $MELANIA — token primeira-dama dos Estados Unidos
O token surfou no FOMO de quem perdeu o bonde da memecoin de Trump. “Versão feminina do sucesso anterior” foi o único pitch necessário. E claro, funcionou — por algumas horas.
Quando insiders despejaram tokens no mercado, o castelo ruiu. O valor evaporou, a liquidez sumiu, e o $MELANIA virou símbolo de como o mercado aceita qualquer narrativa se o lucro parecer perto o bastante.
🌍 $CAR – A república que resolveu fazer memes
A República Centro-Africana tentou ser pioneira — lançando o $CAR como memecoin estatal. A ideia era mostrar que o futuro da África era cripto.
A estratégia foi realizar um buzz online com apoio do presidente e muita expectativa. E até parecia funcionar no começo.
Mas bastou uma sequência de denúncias e vazamentos sobre carteiras suspeitas ligadas ao governo para o mercado desabar. O token perdeu valor, os investidores fugiram e o $CAR virou meme global.
🚫 Swasticoin – Quando o abismo moral vira token
Essa é difícil de acreditar — mas sim, a Swasticoin existiu. Criada na Solana, usava simbologia nazista para “chocar” e gerar volume.
Viralizou entre grupos extremistas e especuladores de ocasião. Por um momento, parecia que nem o mercado tinha limites.
Exchanges baniram. Solana tentou se desvincular. E o token, que nasceu do mau gosto, morreu da própria toxicidade.
🤯 Por que essas memecoins viralizaram pelas razões erradas?
- Líderes políticos promovendo tokens como salvação econômica.
- Figuras públicas servindo de isca — mesmo sem envolvimento real.
- Narrativas absurdas ou ofensivas para gerar buzz e engajamento.
Essas moedas não cresceram por tecnologia. Cresceram porque mostram o lado irracional do mercado.
⚠️ O alerta para quem investe
Nem toda moeda com nome chamativo ou rosto famoso é uma boa ideia. Hype não é garantia de retorno.
Se você compra algo só porque “parece que vai subir”, provavelmente já chegou tarde.
Essas histórias mostram que a descentralização pode ser real, mas os golpes continuam bem tradicionais.
📌 Leia também:
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- Ronaldinho e o escândalo do token STAR10: fãs perdem milhões em golpe de memecoin
- Milei e $LIBRA: como o culto a políticos virou o maior rug pull da criptoeconomia
📌 Links úteis:
- Memecoin Alchemy: Episódio 1 – Como evitar rug pull com o RugCheck
- Memecoin Alchemy: Episódio 2 – Como analisar a distribuição de tokens com o Bubblemaps
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