O mercado brasileiro de criptomoedas declarou um volume de transações de R$ 115,7 bilhões em setembro, segundo a Receita Federal. Esse é um crescimento de 304% em relação a agosto, quando foram movimentados R$ 28,3 bilhões.
A maior parte do volume negociado, R$ 97,1 bilhões (84% do total), foi gerada por transações realizadas fora das exchanges, diretamente entre pessoas físicas e jurídicas.
De janeiro a setembro de 2024, o mercado nacional movimentou R$ 363,2 bilhões em criptomoedas, superando em 27% o total registrado em 2023, que foi de R$ 284,4 bilhões.
Pessoas que detêm criptomoedas estão sumindo?
Apesar do aumento no volume, o número de brasileiros que declaram operações com criptomoedas tem caído em 2024. Em janeiro, por exemplo, 8,9 milhões de pessoas físicas informaram transações à Receita Federal, mas esse número foi reduzido para 4,3 milhões em outubro, marcando uma queda de 51%.
Entre as pessoas jurídicas, a redução foi ainda maior, passando de 403,1 mil para apenas 16,5 mil no mesmo período, uma diminuição de 95%.
Quais criptos foram destaques em setembro?
O aumento registrado em setembro foi impulsionado pelas stablecoins vinculadas ao dólar. O USDT liderou como a cripto mais negociada no Brasil, com um volume de R$ 16,6 bilhões e operações de valor médio de R$ 34,7 mil. Enquanto isso, o USDC movimentou R$ 1,3 bilhão, com transações de valor médio de R$ 1,2 mil.
Entre as criptomoedas tradicionais, o bitcoin (BTC) registrou um volume de R$ 3,1 bilhões em setembro. O BNB superou o BTC, movimentando R$ 4,5 bilhões no mesmo período. Já o Ethereum (ETH) somou R$ 884,8 milhões em transações e a Solana (SOL) registrou R$ 375,2 milhões.
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