Em 2024, a Argentina viu seu PIB contrair cerca de 2,8%, sendo a única das 30 maiores economias a apresentar queda neste ano. Enquanto isso, a inflação continua sendo um grande problema enfrentado pela população argentina. Desde que Milei assumiu em dezembro de 2023, ele implementou medidas para estabilizar a economia, como corte de gastos públicos.
Mesmo com a inflação na Argentina desacelerando para 3,5% no mês de setembro, a pobreza no país vem aumentando a cada ano que passa, demonstrando números chocantes, como 52,9% das pessoas vivendo na linha da pobreza, de acordo com o INDEC (Instituto Nacional de Estatística e Censos, República da Argentina). Com a situação atual, inúmeras pessoas estão enxergando a possibilidade de uma melhora através das criptomoedas. Atualmente, a Argentina superou o Brasil como o país que mais utiliza criptomoedas na América Latina.
Entenda o que está acontecendo na Argentina
O país enfrenta uma inflação acumulada anual de aproximadamente 209% até setembro, com uma inflação mensal de 3,5%. Um dos principais fatores para o aumento é a desvalorização da moeda da Argentina.
Além disso, a Argentina depende de importações para suprir necessidades básicas, como alimentos e energia, o que torna o país vulnerável às variações de moedas estrangeiras e pressiona ainda mais os preços internos. A economia é um jogo de ‘equilibrar pratos’, onde tudo pode influenciar e, no longo prazo, causar grandes danos.
A Argentina pode “virar uma Venezuela”?

Embora sejam crises parecidas, a Argentina ainda tem apoio internacional para evitar um colapso completo similar ao da Venezuela. No entanto, se as políticas não conseguirem controlar a inflação e estabilizar a economia, o país pode enfrentar uma deterioração muito grave, aproximando-se de uma situação parecida.
Como as criptomoedas podem ajudar
O Bitcoin pode ser utilizado como uma reserva de valor e também uma proteção contra a inflação, já que possui oferta limitada. Em vez de manterem pesos argentinos, que perdem valor rapidamente, muitos cidadãos convertem suas economias em criptomoedas para preservar o poder de compra.
As stablecoins são as mais utilizadas na Argentina e representam 61,8% de todas as transferências. Em contraste, o Bitcoin responde por 14,7%, as altcoins por 13,4% e o Ethereum por 10%. Isso é o que podemos observar na maioria dos países que passam por grandes crises: eles optam por ativos que possuem oferta limitada, algo que não pode ser encontrado nas moedas fiduciárias.
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