A Microsoft anunciou a demissão de mais de 6 mil funcionários — 3% da sua força de trabalho global. O corte atinge também colaboradores no Brasil e segue uma tendência de reestruturação no mercado de tecnologia, que já afetou também as gigantes Meta, Amazon e Google.
Os cortes mais severos ocorreram em 2024, principalmente na divisão de Games, após lançamentos mal sucedidos. Um exemplo é Redfall, desenvolvido pela Arkane Austin. O jogo enfrentou críticas negativas devido à inteligência artificial dos inimigos, design do mundo e problemas de desempenho.
Phil Spencer, CEO da Microsoft Gaming, também expressou decepção com o lançamento, reconhecendo que o jogo não atingiu as expectativas criativas, com o Redfall gerando vendas mínimas.
Segundo a empresa, a reestruturação tornará a Microsoft mais ágil e competitiva. A CEO Amy Hood afirmou que a medida tem o intuito de reduzir camadas de gestão. Além disso, o investimento de US$80 bilhões em inteligência artificial este ano, voltado para data centers e serviços em nuvem, reforça o foco da companhia em IA.
No primeiro trimestre de 2025, a Microsoft obteve um lucro líquido de US$ 25,8 bilhões, um um crescimento de 18% em relação ao mesmo período de 2024, quando o lucro foi de US$ 21,9 bilhões.
Contudo, de acordo com o relatório de resultados da Microsoft para o primeiro trimestre, a margem bruta do segmento Microsoft Cloud diminuiu para 71%, uma redução em relação aos 72% registrados no mesmo período do ano anterior. Essa queda foi atribuída aos investimentos na expansão da infraestrutura de IA.
Apesar do crescimento da receita da nuvem, impulsionado por um aumento de 33% nos serviços do Azure, os custos associados à escalabilidade da infraestrutura de IA impactaram negativamente as margens de lucro.
Leia mais: Virginia Fonseca na CPI das bets: até onde vai a influência paga pelo vício em apostas?
