Julho foi um mês de festa para quem minera Bitcoin (BTC). Pela primeira vez desde o halving de abril de 2024, a arrecadação voltou a se aproximar dos patamares pré-redução, mesmo com a baixa participação das taxas on-chain na receita.
Os mineradores fecharam julho com US$ 1,66 bilhão em receita, uma alta de 19,42% em relação ao mês anterior.
Em junho, o total foi de US$ 1,39 bilhão. O aumento de US$ 270 milhões representa o melhor desempenho mensal desde o halving de abril de 2024, quando a arrecadação bateu US$ 1,79 bilhão.
Mas há um detalhe importante. Só US$ 16,43 milhões vieram de taxas on-chain. Em abril de 2024, esse número era de US$ 281,47 milhões.
⚙️ Hashrate recua e pressão começa a aumentar
Mesmo com os ganhos em alta, agosto já chegou com um sinal de alerta. O hashprice, que estima quanto 1 PH/s gera em receita, caiu de US$ 58,40 para US$ 56,76 em poucos dias, uma baixa de 2,81%.
Na prática, isso significa que mineradores estão ganhando menos pela mesma quantidade de poder computacional. E o impacto já apareceu no ritmo da rede.
A taxa de hash total, que estava em 943 EH/s no fim de julho, caiu para 900,29 EH/s uma semana depois. Os tempos de bloco também aumentaram, chegando a uma média de 10 minutos e 16 segundos.
Se esse ritmo continuar, o próximo ajuste de dificuldade previsto para 9 de agosto pode aliviar um pouco a vida dos mineradores, pelo menos até o próximo ciclo.
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