Minha experiência em dois dias usando o ChatGPT 5.1 

Minha experiência em dois dias usando o ChatGPT 5.1 
Imagem destaque: Gemini

Eu testei o ChatGPT 5.1 nesses dois últimos dias e fiquei surpresa com o quanto essa versão deixou a escrita mais tranquila. Não é uma mudança que aparece só em benchmark. É aquela diferença que você percebe usando no dia a dia, quando está produzindo texto e precisa que tudo flua sem tropeço.

O ponto que mais chamou minha atenção é como ele passou a entender melhor o meu estilo. Eu sempre tive que reforçar minhas preferências, como evitar travessão, evitar dois pontos e fugir de algumas palavras que eu não gosto.

Dessa vez, foi diferente. O modelo começou a respeitar essas escolhas sozinho. Sem pedir. Ele simplesmente internalizou o jeito que eu gosto de escrever e não ficou empurrando expressões que eu teria que apagar depois. 

Outra ponto que mudou foi a fluidez. O 5.1 escreve de um jeito mais solto, mais natural, sem aquela estrutura rígida que parece que veio pronta de uma máquina. As frases ficaram com uma variação boa de tamanho, o que deixa a leitura mais leve. 

Antes eu precisava mexer bastante no texto para que ele ficasse com “cara de humano”. Agora, muitas vezes, quase não preciso mexer. É como se o modelo tivesse entendido que eu quero algo mais orgânico, direto e gostoso de ler.

As versões Instant e Thinking também deram uma equilibrada no trabalho. A Instant está mais suave, mais “humana” no jeito de conversar. Já a Thinking pensa com mais calma quando precisa. Senti isso quando pedi análises mais longas. Ela entrega algo mais estável, sem perder o ritmo. E, no geral, os dois modos parecem bem mais conscientes do contexto, como se soubessem quando precisam acelerar e quando precisam respirar.

Outro ponto que gostei é essa ideia de personalidade. A OpenAI comentou que as pessoas querem um assistente capaz de se adaptar ao contexto da conversa. Testando na prática, faz sentido. 

Quando o tema é mais técnico, ele escreve de forma direta. Quando é algo mais sensível, ele suaviza. Quando é conteúdo de portal, ele organiza o texto de um jeito mais limpo. E tudo isso acontece sem eu precisar explicar demais.

Testando na prática o ChatGPT-5 e o ChatGPT-5.1

Depois de brincar um pouco com o ChatGPT-5.1, eu quis fazer um teste simples. Pedi o mesmo texto para dois modelos diferentes. O antigo ChatGPT-5 e o ChatGPT-5.1. Nada de prompt mirabolante. Só uma pauta que eu realmente usaria no dia a dia.

Solicitei uma matéria sobre os benefícios do Bitcoin para países do Sul Global, com dados, fontes e linguagem voltada para jovens que estão começando no mercado cripto. Pedi também variação no tamanho das frases, justamente para fugir daquela cara de texto travado.

O resultado já contou a história.

O texto do ChatGPT-5

Correto, mas ainda com cara de máquina. Tinha estrutura organizada, subtítulos bem divididos e explicações lineares sobre inclusão financeira, remessas e inflação. Nada errado até aqui. O problema é que ele parecia bom demais para ser natural.

Trechos como: 

“A seguir, uma análise completa para explicar por que o Bitcoin pode ser especialmente útil nesses contextos”
mostram isso com clareza. É informativo, mas soa como um texto redondo demais, aquele tipo de escrita que lembra relatório acadêmico revisado três vezes. A linguagem é mais dura, tudo é muito correto, as frases são longas e quase não existe variação de ritmo.

E isso fez diferença. Eu tinha pedido frases com tamanhos diferentes justamente para quebrar a monotonia, mas o modelo não conseguiu entregar. Ele manteve aquele padrão onde todas as frases têm o mesmo comprimento e a mesma cadência. Fica evidente a falta de pausas, respirações ou qualquer mudança de ritmo que dê vida ao texto.

Outro ponto importante. A voz pessoal não aparece. Tudo é muito organizado, muito formal, muito linear. 

Por exemplo:

“A tecnologia blockchain tem se consolidado como uma solução para diferentes setores, oferecendo benefícios como segurança, transparência e descentralização”.

  • Parece trecho de release corporativo.
  • Não tem opinião, estilo ou ponto de vista.
  • Não traz frase que revele a visão do autor (“um porém…”, “mas quando olhamos de perto…”, etc.).

As fontes também reforçam isso. A seleção lembra aquela busca rápida com resultados aleatórios. Blogs pequenos, sites pouco conhecidos, informações superficiais ou links que não passam tanta confiança para quem realmente acompanha relatórios de adoção cripto, remessas e inflação. Além disso, elas prejudicam o SEO e autoridade do texto.

O texto do ChatGPT-5.1

Muito mais perto de alguém escrevendo de verdade. Quando o mesmo prompt foi jogado no ChatGPT-5.1, o clima mudou. O texto já abriu com um tom muito mais próximo do leitor.

Logo no começo ele solta:

“Bitcoin já não é só assunto de gringo rico”.

Aí você já sente outra energia. Parece alguém puxando papo, não uma IA despejando parágrafo técnico.

Ao longo do texto, o 5.1 faz algo que eu sempre espero de um bom redator. Mistura frases curtas com frases mais longas, dá pequenas pausas, usa expressões que conversam com a realidade de quem recebe em real, peso ou naira, não em dólar.
Um exemplo:

“Quem vive em país do Sul Global muitas vezes depende de dinheiro enviado por família que trabalha fora. Essas remessas somaram cerca de 905 bilhões de dólares em 2024. O problema é o custo. Segundo o Banco Mundial, o custo médio global para enviar remessas ficou perto de 6,5 por cento em 2025. Na África Subsaariana, a região mais afetada, o custo médio passou de 8 por cento”.

Simples, direto e colocada no lugar certo, essa frase segura a atenção e prepara o terreno para os dados que vêm em seguida.

Falando em dados, aqui a diferença também ficou gritante. O texto do 5.1 puxou fontes fortes de verdade. Chainalysis, Banco Mundial, Triple A, FMI, FATF, Reuters, estudos acadêmicos. Ou seja, o tipo de referência que você usaria em uma matéria mais séria sobre adoção cripto, remessas e inflação em países do Sul Global.

Na prática, esse comparativo mostrou algo bem claro para mim como redatora. O ChatGPT-5 entrega um texto correto. Já o ChatGPT-5.1 entrega um texto que eu realmente consigo imaginar indo para o ar com poucas edições.

O 5.1 ainda não substitui o olhar de quem conhece o assunto e entende nuances de cada país. Só que já funciona como um bom primeiro rascunho. Ajuda a acelerar a produção sem perder tanto tempo lutando contra um texto com cara de máquina.

E, no fim do dia, é disso que a gente precisa. Ferramenta que some ao processo criativo, em vez de ser apenas mais uma coisa para consertar.

Aqui posso dizer: Parabéns OpenAI!

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