Durante anos, Michael Saylor foi visto como o líder absoluto da MicroStrategy, com controle quase total sobre as decisões, devido à sua posse de ações de Classe B, que conferiam a ele 10 votos por ação, enquanto as ações de Classe A ofereciam apenas um voto.
Esse modelo de governança permitiu a Saylor manter uma maioria no processo de decisões, mesmo com sua participação acionária diminuindo em termos percentuais.
No entanto, uma mudança nas finanças da MicroStrategy colocou fim ao monopólio de Saylor sobre a governança da empresa.
A emissão de ações Classe A e a estratégia agressiva de endividamento para financiar a compra de mais bitcoin (BTC) fizeram com que o controle de votação de Saylor caísse abaixo de 50%.
Mesmo com as ações de Classe B ainda detendo maior poder de voto por ação, o número de ações Classe A em circulação superou as de Classe B, diluindo assim a influência do bilionário.
Além disso, a MicroStrategy já não é mais considerada uma “empresa controlada” pela Nasdaq. Sendo assim, ela está sujeita a regras mais rigorosas de governança corporativa, como a necessidade de um conselho de diretores independentes e comitês de compensação e nomeação autônomos.
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