Donald Trump voltou a afirmar que não sabe quem é Changpeng Zhao (CZ), fundador da Binance, mesmo após conceder um perdão presidencial ao empresário. A declaração foi feita durante entrevista ao programa 60 Minutes, da CBS News.
O perdão aconteceu quase um ano após CZ se declarar culpado por violar a Lei de Sigilo Bancário dos Estados Unidos. O fundador da Binance cumpriu quatro meses de prisão e deixou o cargo de CEO como parte de um acordo de US$ 4,3 bilhões com o Departamento de Justiça.
🎙️ “Nunca vi esse homem na vida”
Na entrevista, Trump classificou CZ como vítima da administração Biden, que, segundo o republicano, teria perseguido o empresário injustamente. Apesar disso, negou qualquer envolvimento direto com Zhao.
“Não conheço o homem. Talvez tenha apertado a mão dele, mas não faço ideia de quem ele é. Me disseram que ele foi vítima, como eu e tantos outros”.
Quando questionado sobre conflitos de interesse, Trump defendeu o perdão como uma forma de manter os EUA na liderança do mercado cripto. O político também afirmou que seus filhos atuam na indústria, mas que isso não interfere em decisões do governo.
💰 Conexões com o negócio da família
Segundo reportagens do Wall Street Journal e Bloomberg, a empresa World Liberty Financial, ligada à família Trump, lançou uma stablecoin construída pela própria Binance. Poucas semanas após o lançamento do token USD1, o MGX Fund Management Limited (MGX), fundo estatal dos Emirados Árabes, investiu US$ 2 bilhões na exchange usando a stablecoin como veículo.
Com isso, o valor das ações da World Liberty subiu de US$ 127 milhões para US$ 2,1 bilhões depois da operação.
A Casa Branca negou qualquer relação direta entre o perdão e os negócios familiares. A World Liberty também disse que CZ não teve influência na decisão.
🚨 Críticas e acusações de favorecimento
A senadora democrata Elizabeth Warren afirmou que o perdão é um caso claro de favorecimento, citando os laços financeiros entre CZ e negócios ligados à família Trump. Já o deputado Jerry Nadler chamou a medida de “venda de perdões” e “abuso de poder”.
Até mesmo aliados de Trump criticaram a decisão. Joe Lonsdale, cofundador da Palantir Technologies, escreveu nas redes sociais que o presidente foi “terrivelmente mal aconselhado” e que a situação transmite a imagem de “fraude generalizada”.
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