O mercado de criptomoedas tem sentido os efeitos de uma forte contração de liquidez nos últimos meses.
Desde o início de 2025, tanto o bitcoin (BTC) quanto as altcoins enfrentam dificuldades para sustentar altas, com cada movimento de valorização sendo rapidamente corrigido.
Indicadores como o prêmio da Coinbase e o volume diário de negociação mostram um mercado enfraquecido, levantando a questão: quando essa situação pode mudar?
Eventos globais mostram que uma reversão deve chegar em breve, com medidas econômicas da China e da Alemanha, além da oferta de dinheiro global e da movimentação de stablecoins, que podem injetar novo capital no mercado e impulsionar os preços das criptomoedas nos próximos meses.
Expansão de liquidez na China
O Banco Central da China iniciou, em 2024, um dos programas de estímulo mais agressivos desde 2020.
A redução dos requisitos de reserva bancária e a injeção de trilhões de yuans na economia mostram a tentativa do governo chinês de manter o crescimento econômico.
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Mais um pacote de ¥300 bilhões foi anunciado, com a possibilidade de aumentar para ¥1 trilhão, impulsionado por projeções otimistas para o PIB e o índice de preços ao consumidor (CPI).
Essa liquidez não se restringe à economia chinesa. Historicamente, os estímulos da China têm impacto em ativos de risco globais, pois parte desse capital acaba fluindo para mercados financeiros internacionais.
Alemanha e o impulso fiscal
Na Europa, a Alemanha anunciou um fundo de infraestrutura de €500 bilhões e mudanças em suas regras de endividamento.
Com os rendimentos dos títulos de 10 anos atingindo o maior nível desde 2011, o país sinaliza um período de altos gastos públicos, resultando em déficits não vistos desde a Segunda Guerra Mundial.
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Esse cenário pode pressionar o Banco Central Europeu (BCE) a adotar um novo programa de afrouxamento quantitativo (QE) nos próximos meses para lidar com o aumento da dívida e estimular a economia. Caso isso aconteça, parte desse fluxo de capital pode acabar favorecendo as criptomoedas.
O impacto do dólar e da oferta monetária global
Outro fator relevante é a movimentação do índice do dólar (DXY). Com a inflação global desacelerando e diversos países injetando liquidez em suas economias, o dólar pode perder força.
Um DXY mais fraco historicamente favorece o bitcoin, que tende a se valorizar quando investidores buscam alternativas ao dólar.
Além disso, a oferta monetária global, que atingiu seu pico em setembro de 2024 antes de começar a cair, pode estar prestes a se expandir novamente.
Se o padrão histórico se repetir, o BTC deve iniciar um novo ciclo de alta entre o final de abril e o início de maio, acompanhando a retomada da liquidez.
Stablecoins sinalizam potencial de alta
A quantidade de stablecoins paradas nas exchanges também pode ser um indicador positivo.
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Atualmente, US$ 31,3 bilhões em ativos estáveis estão armazenados na Binance, aguardando um gatilho para entrar no mercado.
Quando sinais mais claros de recuperação surgirem, esse capital pode rapidamente se mover para o bitcoin e as altcoins.
O que esperar do mercado?
Apesar das oportunidades de liquidez, o curto prazo pode continuar desafiador para os investidores de criptomoedas.
Tensões comerciais e o aumento dos rendimentos dos títulos japoneses ainda não foram totalmente precificados, o que deve levar a mais volatilidade antes de uma recuperação consistente.
O cenário mais provável é que o mercado encontre um fundo nas próximas semanas, seguido de um período de consolidação antes de um novo movimento de alta.
Historicamente, as criptomoedas tendem a corrigir mais intensamente do que os mercados tradicionais, mas também costumam se recuperar antes.
Se esses eventos de liquidez se concretizarem, o próximo estágio do ciclo de alta das criptos pode estar mais próximo do que parece.
Fonte: @Axel_bitblaze69
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