A possibilidade de um grande estímulo econômico da China foi desmentida por Shehzad Qazi, Diretor de Operações do China Beige Book, em entrevista ao programa Squawk Box, da CNBC.
De acordo com Qazi, as expectativas foram exageradas, e a abordagem cautelosa de Pequim em relação às suas finanças continua sendo uma estratégia dominante, focando na preservação de suas ferramentas fiscais para garantir a estabilidade econômica no futuro.
O relatório do China Beige Book de novembro aponta que, apesar de uma leve recuperação nas receitas e lucros das fábricas que anteciparam uma onda de pedidos de exportação devido à ameaça de tarifas norte-americanas, o crescimento registrado não reflete uma expansão sustentada, mas sim ajustes estratégicos.
Qazi explicou que as ordens de exportação chegaram a níveis não observados desde o pico da pandemia. No entanto, ele foi claro ao afirmar que isso não se traduz em crescimento, mas em uma tentativa de adaptação às condições econômicas adversas.
Por fim, o diretor comentou sobre a percepção de que a China preferiria Trump a Biden. De acordo com ele, a liderança chinesa valoriza a previsibilidade e a estabilidade nas políticas externas, apontando que as abordagens mais negociadoras e de alto risco do republicano podem ser mais difíceis de lidar do que a abordagem mais estável e previsível do democrata.
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