A OpenAI está acelerando a aplicação de modelos avançados de inteligência artificial (IA) na biologia — e, ao mesmo tempo, correndo para evitar que essas ferramentas sejam usadas de forma perigosa. A empresa publicou um novo plano de ação com foco em segurança, transparência e colaboração com governos e especialistas em biodefesa.
⚖️ Avanço biotecnológico e risco duplo
Modelos de IA já ajudam cientistas a prever quais drogas têm mais chance de funcionar, desenhar vacinas, criar enzimas sustentáveis e buscar tratamentos para doenças raras.
Mas o mesmo poder que permite isso também pode facilitar o acesso a informações perigosas.
A OpenAI admite que suas IAs podem, no futuro próximo, alcançar um nível alto de capacidade em biologia, o que deve permitir até mesmo a recriação de ameaças biológicas por pessoas com pouco conhecimento técnico.
🛡️ Barreiras, sim — mas não intransponíveis
A empresa reconhece que barreiras como acesso físico a laboratórios ainda existem, mas são limitadas. Por isso, está adotando uma estratégia múltipla:
- Red teaming com especialistas para testar as defesas das IAs contra usos perigosos.
- Monitoramento automático em tempo real para detectar tentativas de uso indevido.
- Respostas treinadas para evitar que o modelo dê instruções práticas sobre temas sensíveis, como engenharia genética e virologia.
- Colaboração com agências como o Los Alamos National Lab e governos dos EUA e Reino Unido.
🧪 Segurança antes da descoberta
A OpenAI promete não liberar modelos com capacidade elevada em biologia sem salvaguardas rigorosas.
Mesmo em casos com potencial comercial, a empresa diz estar disposta a limitar ou adiar lançamentos se houver risco grave.
Ela também defende o acesso controlado a instituições verificadas, para que pesquisadores confiáveis possam usar os modelos em favor da ciência, como no desenvolvimento de testes diagnósticos ou contramedidas.
🤝 Próximos passos e biodefesa coletiva
Em julho, a OpenAI reunirá pesquisadores e ONGs em uma cúpula sobre biodefesa para discutir como inteligências artificiais de ponta podem contribuir com áreas como terapias inovadoras e defesa contra pandemias.
Além disso, a empresa quer fomentar um novo ecossistema de startups em biosegurança, com apoio de investidores que enxerguem valor não apenas na inovação, mas na responsabilidade.
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