O Pix automático começa a funcionar nesta segunda-feira (16) com a missão de desburocratizar os pagamentos recorrentes no Brasil.
A ferramenta permite que o consumidor autorize, de uma vez só, cobranças periódicas feitas por empresas e prestadores de serviços — da conta de luz à mensalidade da academia.
Com funcionamento 24/7, a novidade deve facilitar a vida dos usuários e abrir novas portas para pequenos negócios.
O Banco Central estima que 60 milhões de brasileiros que não usam cartão de crédito poderão se beneficiar diretamente da novidade.
🧾 Como funciona o Pix automático?
Na prática, o recebedor — como um MEI ou uma empresa — envia um pedido de cobrança ao cliente. O usuário, por sua vez, acessa o aplicativo bancário, confere os termos e autoriza a transação automática.
É possível definir valores fixos ou variáveis, ajustar a periodicidade e estabelecer um teto por transação. Tudo isso com a liberdade de pausar ou cancelar quando quiser, direto no app.
👨🔧 Pix Automático para todo mundo, não só para grandes empresas
Diferente do débito automático, que exige convênios entre empresa e banco, o Pix automático democratiza o acesso a essa modalidade.
Agora, até profissionais autônomos como jardineiros ou motoristas escolares poderão receber seus pagamentos mensais de forma automatizada.
Pequenos negócios que antes usavam o Pix agendado recorrente — mais manual e sujeito a erros — agora contam com um sistema mais ágil, com envio de propostas que o cliente apenas precisa confirmar.
💻 Quais contas podem ser pagas com o Pix automático?
O uso é voltado para pessoas físicas como pagadoras e empresas como cobradoras. Entre os exemplos estão:
- Contas de luz, água e telefone
- Mensalidades escolares e de academias
- Assinaturas digitais e clubes de serviço
- Serviços de prestadores autônomos
Pagamentos entre pessoas físicas continuam fora dessa modalidade. Para esses casos, segue valendo o Pix agendado recorrente, que já é obrigatório desde outubro de 2024.
🔐 Segurança em foco: como evitar fraudes?
Para conter golpes, o Banco Central criou uma série de exigências que as empresas devem cumprir para utilizar a função.
Só poderão oferecer o serviço negócios com mais de seis meses de existência. Além disso, bancos deverão verificar os seguintes dados:
- Situação cadastral do CNPJ e dos sócios
- Compatibilidade entre o serviço prestado e a atividade da empresa
- Volume de transações, faturamento e uso de cobranças anteriores
Essas medidas tentam blindar o sistema contra empresas falsas e propostas fraudulentas, protegendo tanto quem paga quanto quem recebe.
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