De acordo com Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), a instituição em breve anunciará uma ferramenta que permitirá rastrear, bloquear e devolver valores em casos de atividades fraudulentas no Pix.
Para tornar essa proteção viável, o BC está investindo em um sistema capaz de identificar padrões de fraude com auxílio de inteligência artificial, permitindo a antecipação de golpes antes mesmo de eles serem concluídos.
“A partir da análise de dados e outros mecanismos, podemos identificar esses padrões de fraude e agir de forma preventiva”.
Foco na segurança e restrições para evitar golpes
Em evento realizado em São Paulo, onde apresentou a função de pagamento por aproximação para o Pix, Campos Neto abordou outras medidas adotadas pelo Banco Central para inibir a ação de criminosos.
Um dos desafios mencionados foi o controle sobre as chamadas “contas laranjas”, usadas com frequência em esquemas de fraude. Para enfrentar esse problema, o BC tem estabelecido critérios mais rigorosos para a abertura de novas contas, o que, segundo Campos Neto, pode reduzir o número de contas fraudulentas.
Além disso, a instituição permite que os usuários configurem limites para transferências, oferecendo uma camada adicional de segurança.
Outro ponto de destaque é o limite implementado para transferências via Pix para novos dispositivos, com um valor máximo de R$ 200 por transação e um limite diário de R$ 1.000.
“É um trabalho contínuo. Enquanto aprimoramos a segurança, as fraudes também evoluem. Nosso objetivo é reduzir ao máximo as brechas para esses crimes”.