A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro realizaram nesta quarta-feira uma operação contra um esquema de estelionato religioso que, segundo as autoridades, atua em todo o país usando redes sociais e telemarketing.
O principal alvo é Luiz Henrique dos Santos Ferreira, que se apresenta como “profeta Henrique Santini” na internet e soma mais de 9 milhões de seguidores.
O influenciador publicava vídeos com mensagens religiosas e indicava números de telefone e grupos no WhatsApp.
Quando a pessoa entrava em contato, acreditando estar falando com o profeta, era atendida por uma gravação previamente editada.
No final da mensagem, havia um pedido de contribuição financeira, que variava de R$ 20 a R$ 1.500 conforme o “milagre” desejado
.
📞 Telemarketing, metas e promessas de cura
As ligações partiam de escritórios em Niterói e São Gonçalo. Os atendentes, que não tinham qualquer ligação religiosa, recebiam comissões e precisavam cumprir metas.
Se não arrecadassem o suficiente, eram demitidos. As investigações apontam que o grupo movimentou pelo menos R$ 3 milhões nos últimos dois anos, com dinheiro indo para contas de terceiros, e não de instituições religiosas.
Entre as promessas feitas nas mensagens, estavam curas de doenças graves, como câncer.
Para os investigadores, trata-se de um esquema que se aproveita da fé das pessoas em momentos de vulnerabilidade.
O responsável pelo caso é o delegado Luiz Henrique Marques, da 76ª DP.
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