O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky apresentou uma proposta de ceder terras para encerrar o conflito com a Rússia.
Em entrevista, o político disse estar disposto a considerar uma solução temporária, incluindo as áreas controladas pela Ucrânia em um “guarda-chuva” de proteção oferecido por membros da OTAN.
A ideia, segundo Zelensky, seria utilizar essa proteção para alcançar um cessar-fogo e, em seguida, buscar a reintegração diplomática das regiões atualmente sob controle russo.
Até então, a estratégia de Kiev era defender a retomada total dos territórios reconhecidos internacionalmente como parte da Ucrânia.
Negociações de paz devem avançar em 2025
Com a posse de Donald Trump nos Estados Unidos em janeiro de 2025, as discussões sobre um possível acordo podem ganhar força.
A equipe do republicano tem considerado um plano que congelaria as linhas de frente atuais, além de limitar as aspirações ucranianas de ingressar na OTAN por duas décadas, enquanto fortaleceria o país com armamentos para evitar futuras agressões russas.
Embora Zelensky tenha sugerido um modelo de segurança para a Ucrânia com garantias individuais de países da OTAN, ele deixou claro que a adesão plena à aliança, condição rejeitada por Moscou, ainda não foi proposta.
Outro aspecto levantado foi a possibilidade de tropas europeias monitorarem uma eventual zona de separação entre os dois exércitos.
Boris Johnson, ex-primeiro-ministro britânico, declarou que qualquer plano de cessar-fogo deveria ter apoio das forças multinacionais da Europa para proteger a linha de fronteira e impedir novos avanços russos.
“Precisamos muito da proteção da OTAN, caso contrário, Putin voltará. É perigoso para nós”, afirmou Zelensky.
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