A influenciadora e advogada Deolane Bezerra teve sua prisão domiciliar revogada pela Justiça de Pernambuco após violar duas das medidas cautelares impostas.
Deolane havia sido solta da Colônia Penal Feminina do Recife na segunda-feira (9), onde cumpria prisão preventiva com uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, ao comparecer ao Fórum Rodolfo Aureliano para assinar os termos da prisão domiciliar, foi notificada da decisão judicial que determinou seu retorno à detenção.
A revogação ocorreu devido ao descumprimento de ordens que proibiam a influenciadora de se manifestar publicamente, seja por meio de redes sociais ou pela imprensa.
Após sua soltura, Deolane fez declarações públicas denunciando sua prisão como “criminosa” e sugerindo abuso de poder por parte das autoridades. Pouco depois, uma publicação em sua conta no Instagram reforçou sua insatisfação, com uma foto dela usando uma fita na boca em forma de “X”, acompanhada da legenda “Carta aberta…”.
Entenda o motivo da prisão domiciliar
Deolane está sob investigação por suposta participação em uma organização criminosa envolvida com jogos ilegais e lavagem de dinheiro, com movimentações financeiras que podem chegar a R$ 3 bilhões. A Justiça também determinou que ela não deve ter contato com outros envolvidos no caso e que deveria permanecer em casa, sem sair, inclusive nos fins de semana.
Após a revogação da prisão domiciliar, a advogada foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização de exame de corpo de delito. Inicialmente, a Polícia Civil de Pernambuco havia informado que Deolane poderia ser transferida para a Colônia Penal Feminina de Buíque, no Agreste do Estado, onde sua mãe, Solange Bezerra, permanece presa.
Deolane foi beneficiada pelo habeas corpus coletivo concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2018, que garante prisão domiciliar para mães de crianças de até 12 anos, como é o caso dela, que tem uma filha de 8 anos. Contudo, o descumprimento das condições estabelecidas pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) levou à revogação do benefício.
Fonte: JuriNews