O escândalo da memecoin LIBRA continua na Argentina, agora com a atuação do procurador federal Eduardo Taiano, que busca congelar os ativos financeiros ligados ao caso.
O token na rede Solana (SOL) atraiu atenção após ser promovido pelo presidente argentino Javier Milei, resultando em uma forte valorização para uma capitalização de mercado de US$ 4 bilhões antes de sofrer uma queda abrupta de mais de 90% em seu valor.
De acordo com a imprensa local, Taiano solicitou o bloqueio de US$ 110 milhões arrecadados com o lançamento da LIBRA. Além disso, o procurador pretende recuperar o post de Milei promovendo o projeto.
Também foram requisitados registros de chamadas telefônicas e listas de visitantes da residência e do gabinete presidencial.
Do lado político, setores da oposição pressionam por um processo de impeachment contra Milei, alegando que sua participação foi importante para o sucesso inicial da memecoin. Seus aliados, por outro lado, argumentam que ele não teve envolvimento direto na criação da criptomoeda.
Relembrando o maior rug pull de 2025
Em 14 de fevereiro, Milei utilizou sua conta na rede social X para divulgar a LIBRA, afirmando que o projeto tinha como objetivo financiar pequenos negócios e startups na Argentina.
A publicação possuía um link para o site da memecoin e o endereço do contrato inteligente na blockchain Solana. No entanto, após a forte repercussão negativa e a queda do token, o presidente apagou o post e negou conhecimento detalhado sobre a iniciativa.
Outro nome dessa polêmica é Hayden Davis, CEO da Kelsier Ventures, apontado como peça-chave na aproximação entre a LIBRA e Milei.
Em fevereiro, Davis divulgou um vídeo em que se apresentava como conselheiro do presidente e afirmava trabalhar diretamente com sua equipe.
Além disso, uma foto de Milei ao lado de Davis, publicada na conta oficial do presidente em janeiro, foi posteriormente removida.
Davis também deu declarações ao investigador do YouTube Stephen Findeisen, conhecido como Coffeezilla. Na entrevista, ele admitiu ser responsável pela custódia dos fundos arrecadados com o colapso da LIBRA, totalizando US$ 113 milhões.
Segundo Davis, desse montante, US$ 100 milhões estão em stablecoins e US$ 13 milhões correspondem a taxas de liquidez acumuladas.
Leia mais: $LIBRA pode ter marcado o fim do mercado de memecoins