O presidente russo Vladimir Putin endureceu o discurso ao dizer que soldados estrangeiros que atuem em território ucraniano serão considerados alvos legítimos.
Enquanto isso, os Estados Unidos buscam apoio da China para forçar Moscou a encerrar a guerra.
Keith Kellogg, enviado especial de Donald Trump para a Ucrânia, afirmou em uma conferência em Kyiv que “se Pequim cortar o apoio, o conflito termina amanhã”.
Para ele, a Rússia já estaria perdendo a guerra e se tornando dependente da China.
🇨🇳 China rebate acusações e fala em “bullying”
Pequim reagiu às declarações de Kellogg. O porta-voz Lin Jian disse que a cooperação econômica com Moscou segue as regras da OMC e não é dirigida contra terceiros.
Segundo ele, muitos países, inclusive EUA e Europa, continuam negociando com a Rússia.
Lin acusou Washington de praticar coerção econômica ao tentar impor novas tarifas e sanções contra a China.
O governo chinês prometeu “contramedidas firmes” se seus interesses forem atingidos. Para Pequim, diálogo e negociação são o único caminho possível para encerrar o conflito.
Apoio militar de outros países
Kellogg destacou ainda que a Rússia estaria com dificuldades de manter tropas suficientes, mencionando a chegada de soldados norte-coreanos para reforçar posições em regiões como Kursk e Sumy.
Para o político, esse movimento mostra problemas de efetivo e de capacidade de combate.
Moscou, por outro lado, insiste que a operação militar tem avançado conforme os objetivos definidos. Entre eles, garantir que a Ucrânia não entre na OTAN e proteger os direitos da população russa no país vizinho.
Kyiv rejeita a justificativa e acusa o Kremlin de travar uma guerra de agressão para apagar a soberania ucraniana.
🌍 Pressão internacional aumenta
A administração Trump pressiona aliados da OTAN e países do G7 para adotar novas medidas contra China e Rússia.
O objetivo é usar tarifas e sanções como ferramenta de pressão, enquanto a Casa Branca tenta viabilizar um acordo de paz prometido desde o início do conflito.
Lin Jian respondeu que tais ações “enfraquecem as cadeias globais de suprimentos” e não ajudam a resolver a crise. Segundo ele, a China mantém posição imparcial e seguirá incentivando conversas entre as partes.
📌 A matéria original foi publicada pelo Newsweek.
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