Com a regulamentação do setor de apostas online entrando em vigor a partir de 2025, o Brasil deve alcançar outro patamar em sua arrecadação tributária, segundo estimativa da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL).
Esse setor poderá gerar mais de R$ 20 bilhões em impostos e taxas já no primeiro ano de funcionamento legal.
A ANJL projeta que o mercado de apostas brasileiro se consolidará como o maior da América Latina, com potencial para figurar entre os quatro maiores do mundo. Esse avanço deve ser impulsionado pela legalização e fiscalização mais rígida das operações, que passarão a ser obrigatoriamente vinculadas ao domínio “.bet.br”.
Além da arrecadação bilionária, o mercado regulado deve criar 60 mil empregos diretos e indiretos, abrangendo áreas como tecnologia, marketing, compliance e advocacia. A nova legislação também prevê que parte dos recursos das apostas seja destinada ao Ministério da Saúde, para financiar ações de prevenção e combate à ludopatia.
A Anatel reconheceu que há dificuldades técnicas em bloquear sites de apostas ilegais. Assim, para enfrentar esses problemas, a ANJL sugere uma força-tarefa integrada entre órgãos reguladores e empresas do setor.
“Protegendo” os brasileiros
Campanhas de conscientização serão realizadas para educar o público sobre os riscos das apostas e a importância de tratá-las como entretenimento, e não como fonte de renda.
Além disso, a regulamentação traz medidas para proteger os apostadores e o público infantojuvenil. Ferramentas de reconhecimento facial serão obrigatórias para evitar o acesso de menores de idade às plataformas.
As casas regulamentadas também serão obrigadas a adotar práticas de monitoramento contra atividades suspeitas e manipulação de resultados.
Leia mais: STF decide manter restrição a apostas com verba de programas sociais