Reservas de ouro dos bancos centrais ao redor do mundo alcançam novo recorde

Reservas de ouro dos bancos centrais ao redor do mundo alcançam novo recorde
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No primeiro semestre de 2024, a compra líquida global de ouro pelos bancos centrais atingiu 483 toneladas, um aumento de 5% em relação ao recorde anterior de 460 toneladas registrado no mesmo período de 2023. Esse acúmulo foi intensificado no segundo trimestre, quando as instituições financeiras adquiriram 183 toneladas, marcando um crescimento anual de 6%.

Entre os principais compradores estão o Banco Nacional da Polônia, o Banco Central da Turquia e o Banco de Reserva da Índia.

O presidente do Banco Nacional da Polônia, Adam Glapiński, anunciou que a instituição continuará adquirindo ouro, com o objetivo de aumentar sua participação nas reservas do país para 20%.

O abandono do dólar

Essa estratégia de acúmulo do metal precioso também pode estar associada a um movimento de desdolarização.

Spencer Hakimian, fundador da Tolou Capital Management, observou que China, Índia, Rússia e Arábia Saudita estão optando por ativos de reserva mais neutros e estáveis, com o ouro sendo a escolha preferida.

Em paralelo, o bloco de nações BRICS está desenvolvendo uma stablecoin que, segundo especulações, pode ser lastreada em ouro. A entrada de novos países, como Irã, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos, nesse projeto pode aumentar ainda mais a demanda pelo metal amarelo.

Com isso, o empreendedor Kim Dotcom prevê um declínio acentuado no uso do dólar americano quando a stablecoin lastreada em ouro for lançada, o que poderia desencadear uma rápida reestruturação econômica global.

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