A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) adiou mais uma vez a aprovação de dois ETFs cripto — um ligado ao Bitcoin e outro ao Solana. A autarquia quer mais tempo para analisar os pedidos e só deve dar uma resposta nos próximos dois meses.
⏳ Verdades adiadas: Truth Social Bitcoin ETF e Grayscale Solana
O ETF da Truth Social, plataforma ligada a Donald Trump, ainda não foi autorizado a estrear. A SEC estendeu o prazo até 18 de setembro para avaliar se o produto pode ser listado.
Já a Grayscale tenta transformar seu fundo de Solana em um ETF desde fevereiro. Agora, o novo limite para a decisão é 10 de outubro.
A justificativa da SEC para adiar as decisões foi a de que precisa de “tempo suficiente para avaliar as questões levantadas”. Mas o que exatamente está em jogo?
No caso do Truth Social Bitcoin ETF, a Comissão quer mais clareza sobre quem controla o fundo, como será feita a custódia dos ativos e se há potenciais conflitos de interesse, já que o produto está ligado a empresas próximas do presidente dos Estados Unidos.
Já na proposta da Grayscale para transformar o fundo de Solana em ETF, os questionamentos giram em torno de resgates in-kind, uso de staking e adequação às regras da Lei das Companhias de Investimento de 1940, que define o que pode ou não ser considerado um fundo de investimento tradicional nos EUA.
🧱 Resistência interna e atrasos em série
Os adiamentos não param por aí. Neste mês, a SEC também suspendeu um ETF multi-ativo da Bitwise que cotinha Bitcoin, Ethereum, XRP e outras criptomoedas menores.
O fundo foi aprovado por um departamento da agência — mas logo depois teve a decisão revogada na etapa final. Ele se chamaria Bitwise 10 Crypto Index Fund, visão para ser o primeiro ETF diversificado do tipo nos EUA, com 90 % dos ativos em BTC e ETH, mais uma cesta de altcoins.
A Comissão acionou a regra 431 e interrompeu tudo antes da listagem, gerando inquietação sobre produtos que apostam além dos “blue chips” cripto.
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