A SEC dos Estados Unidos acusou as empresas TrueCoin e TrustToken, responsáveis pela plataforma de empréstimos descentralizados TrueFi e pela stablecoin TrueUSD (TUSD), de fraudar investidores e vender valores mobiliários de forma não registrada.
Segundo a Comissão, o TUSD não tem suporte do dólar americano de forma consistente. A investigação apontou que, até março de 2022, cerca de US$ 565 milhões, ou 37% do colateral da stablecoin, estavam investidos em um fundo especulativo. Esse investimento ocorreu após a venda das operações do token para uma entidade offshore em dezembro de 2020.
Até setembro de 2024, a SEC afirmou que mais de 99% dos ativos que garantiam o TUSD estavam alocados nesse fundo. Com isso, a comissão acusou as empresas de continuarem a enganar os investidores ao afirmar que a stablecoin era lastreada em dólares de forma equivalente.
Além disso, o fundo especulativo, que detinha os ativos do TUSD, enfrenta problemas de resgates desde 2022, com os usuários frequentemente aguardando prazos de até 90 dias para conseguir seus fundos.
O TUSD foi lançado em 2018 e, segundo a SEC, a TrueCoin permaneceu envolvida nas operações da stablecoin até pelo menos julho de 2023, apesar da venda de suas operações.
Oferta de títulos não licenciados
A reclamação também destacou que a TrustToken e a TrueCoin, que atuavam como subsidiárias de uma mesma empresa controladora, a Archblock, ofereceram contratos de investimento não licenciados entre novembro de 2020 e abril de 2023 por meio da TrueFi. Esta plataforma pagava juros sobre depósitos em TUSD dos usuários.
Ambas as empresas concordaram em pagar multas de US$ 163.766 cada uma, sem admitir ou negar as acusações.
Além disso, a TrueCoin pagou US$ 340.930 em restituição e US$ 31.538 em juros pré-julgamento.
