O Banco Central decidiu elevar a taxa básica de juros, a Selic, para 12,25% ao ano na última reunião de 2024.
Com o aumento da Selic, o custo do crédito se torna mais elevado, afetando tanto consumidores quanto empresas. Para a população, isso significa empréstimos e financiamentos mais caros, o que reduz o consumo.
A dificuldade em parcelar compras e a necessidade de pagar taxas mais altas acabam freando o apetite dos brasileiros por novos gastos.
Por outro lado, os investidores de perfil conservador encontram motivos para comemorar. Aplicações de renda fixa, como CDBs, Fundos DI e o Tesouro Selic, passam a oferecer retornos mais atrativos.
Com a taxa básica em um patamar elevado, o retorno desses investimentos se torna uma opção segura e vantajosa, levando muitos a migrarem da renda variável para ativos com menor risco.
Empresas
No setor empresarial, a nova taxa de juros eleva os desafios para varejo, construção civil e indústria. O aumento do custo da dívida pressiona as margens de lucro e limita a capacidade de expansão das empresas, que precisam lidar com o encarecimento dos financiamentos.
Negócios altamente dependentes de crédito para sustentar seu crescimento sofrem ainda mais com esse cenário, pois o acesso ao capital fica menos viável.
Além disso, o encarecimento do crédito afeta o empreendedorismo. Com juros altos, a viabilidade de novos projetos diminui, reduzindo investimentos na economia real. Esse efeito cascata pode levar a um ritmo mais lento de crescimento econômico.
Mercado financeiro
Para investidores em ações, o momento é complexo. A atratividade da renda fixa, com retornos mais previsíveis, faz com que muitos optem por reduzir suas posições na bolsa de valores, o que pode provocar uma queda nos preços das ações daquelas que dependem de crescimento para justificar seus valores de mercado.
Fonte: Terra
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