A senadora Elizabeth Warren garantiu sua reeleição para o Senado dos Estados Unidos, derrotando o advogado John Deaton, defensor do mercado de criptomoedas. Com uma vitória convincente em Massachusetts, a política recebeu 60% dos votos, enquanto o advogado ficou com 40%.
O apoio da comunidade cripto a Deaton
John Deaton é conhecido por representar detentores do XRP na batalha judicial entre a Ripple Labs e a SEC dos EUA. Assim, ele foi fortemente apoiado por nomes influentes do mercado de criptomoedas.
Durante sua campanha, Deaton arrecadou US$ 2,14 milhões em doações, com destaque para uma contribuição de US$ 1 milhão da Ripple Labs.
Entre seus apoiadores estavam Brian Armstrong, CEO da Coinbase, e os gêmeos Winklevoss, cofundadores da Gemini.
Em um pronunciamento nas redes sociais após o anúncio dos resultados, o advogado destacou que, apesar de decepcionado, estava orgulhoso da condução de sua campanha.
A postura de Warren sobre criptomoedas
Warren é uma das figuras mais conhecidas no Congresso dos EUA por suas críticas à indústria blockchain.
Em março de 2023, a senadora lançou sua campanha de reeleição com um discurso focado na construção de uma força-tarefa para combater o uso indevido de criptomoedas. Em dezembro do mesmo ano, ela chegou a apresentar o “Digital Asset Anti-Money Laundering Act”, para impor regulamentações mais rígidas, como requisitos de Conheça Seu Cliente (KYC), a fim de combater crimes como lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.
Para Warren, o uso de criptomoedas em atividades ilícitas exige uma regulamentação severa. Nesse sentido, ela se posiciona a favor da negociação de criptomoedas, desde que os prestadores de serviços digitais sigam as mesmas normas que os bancos e instituições financeiras tradicionais, obedecendo leis de proteção ao consumidor e regulamentações de combate ao financiamento de crimes.
Contudo, mesmo com a vitória, Warren pode ter dificuldade em passar legislações que limitem o mercado de criptomoedas em seu terceiro mandato, pois o Partido Republicano tem chances de conquistar o controle da Casa dos Representantes, do Senado e da Presidência.